Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lemos, Igor D' Aguiar Siqueira de
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Orientador(a): |
Suttana, Renato Nésio
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Banca de defesa: |
Fernandes, Célia Regina Delácio
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Teixeira, Níncia Cecília Ribas Borges
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5510
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Resumo: |
Esta dissertação visa a discutir a noção de mediação criativa no ensino de literatura, com foco no imaginário pedagógico da Educação Básica. Busca-se relacionar a noção às Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (BRASIL, 2013) e à Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). Para tanto, conceitua-se a mediação criativa sob a perspectiva de uma liberdade de leitura e interpretação inerente ao contato com as obras. Tal liberdade é entendida como pressuposta ao ato de ler, permitindo o trânsito entre o imaginário individual do leitor e o imaginário coletivo do qual participa. Assim, há o retorno da noção de fruição literária proposta por Roland Barthes em O prazer do texto (1987) e O rumor da língua (2004) procurando reescrevê-la no âmbito de um debate mais atual sobre a importância do gesto interpretativo livre como atribuidor de sentido ao texto lido. Igualmente, compreende-se como necessário à mediação criativa – na perspectiva de uma fruição imaginária e intersubjetiva, de adequação às demandas impostas pela ambiguidade e pela multiplicidade significativa inerentes à obra literária – o conceito de fruição da leitura ligado a uma demanda individual de cada sujeito, inserida esta no campo de participação de um imaginário cultural e coletivo (silencioso), que intermedeia a relação dos leitores (singulares) com os textos. Pretende-se questionar a ideia de que o objetivo do ensino de literatura seja apenas formar leitores críticos (na perspectiva de um domínio teórico da interpretação) e não, antes, leitores criativos e capazes de atribuir sentido àquilo que leem. Para tanto, utilizam-se como referência os escritos de Barthes (1987), Candido (1985, 2004), Blanchot (1987, 1997, 2005), Suttana (2007, 2011, 2013) e Larrosa (2019), que tratam da relação entre leitor e texto no âmbito da interpretação. Por fim, consideram-se, nesse referencial, três fatores importantes para a discussão do tema, a saber: o direito à literatura (Candido, 2004); a leitura como acesso ao espaço imaginário aberto pela obra literária (Blanchot, 1987); e a intrínseca liberdade de escolha e atribuição de sentido (Suttana, 2007) que permeia a relação com o literário, também vista sob a perspectiva da mediação e do ensino de literatura, com uma vista de olhos sobre o que dispõem as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (BRASIL, 2013) e na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). |