Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ros, Vinicius de Vito
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Orientador(a): |
Souza, Cristiano Márcio Alves de
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Banca de defesa: |
Silva, César José da
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Oliveira, Antônio Donizette de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/297
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Resumo: |
O pinhão manso é uma cultura que tem apresentado características favoráveis para a produção em grande escala de óleo para fabricação de biodiesel. A planta apresenta-se em fase de estudo nas diversas especializações do ramo agronômico, devido ser uma cultura não domesticada. Dentre as diversas dificuldades para a produção comercial, o pinhão manso apresenta como uma das principais dificuldades a colheita, pois a colheita manual pode inviabilizar a exploração da cultura para fins comerciais além de onerar os custos. No entanto, existem métodos em estudo para se mecanizar a colheita dos frutos de pinhão manso. As derriçadoras portáteis apresentam bom desempenho e colheita seletiva na derriça de frutos do cafeeiro. Assim acredita-se no seu bom desempenho e funcionamento também na colheita seletiva de frutos do pinhão manso, pela semelhança na desuniformidade de maturação dos frutos como no cafeeiro. A princípio, apresenta-se também a necessidade de se conhecer a morfologia das plantas e frutos para se adequar as derriçadoras. Pelo lado da derriçadora, faz-se necessário conhecer as características da máquina, como o melhor nível de freqüência de vibração das hastes para a derriça dos frutos, sem ocasionar danos às plantas. Este trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade técnica do uso de derriçadora portátil na colheita de frutos de pinhão manso. Foram montados três experimentos, sendo um para avaliar as características morfológicas de plantas e frutos em Dourados-MS, um segundo para avaliar o desempenho de uma derriçadora portátil na colheita de frutos de pinhão manso realizado em Anastácio-MS, e um terceiro para avaliar diferentes sistemas de derriça de frutos de pinhão manso realizado em Dourados-MS. Para a caracterização morfológica das plantas foram determinados: altura da planta, altura dos ramos mais baixos, diâmetro da copa, diâmetro do tronco, número de ramos principais, diâmetro dos ramos principais na inserção e na metade do seu comprimento, altura da inserção dos ramos principais, inclinação dos ramos principais em relação ao tronco, e comprimento dos ramos principais. Nos frutos foram avaliados: tamanho e diâmetro dos frutos, comprimento do pedúnculo e diâmetro do pedúnculo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, constituídos de duas idades das plantas de pinhão manso (um e três anos), e três estádios de maturação dos frutos (verdes, maduros e secos). Foram avaliados 40 plantas e 750 frutos, por cada idade. Para avaliar o desempenho da derriçadora na colheita dos frutos de pinhão manso, no experimento montado em Anastácio-MS, foi feito um esquema onde os tratamentos foram chamados de sistemas de colheita: no denominado sistema de colheita 1 (SC1) foi utilizado a derriçadora Nakashi Turbo II trabalhando em uma linha de plantio, onde o operador foi responsável por derriçar os dois lados da mesma planta, com freqüência de vibração das hastes de 2.374 rpm. No denominado sistema de colheita 2 (SC2) o operador derriçou os dois lados da mesma planta, com freqüência de vibração de 2.736 rpm. No terceiro sistema de colheita (SC3) o operador derriçou os dois lados da mesma planta, com freqüência livre, ou seja, variando de 1.444 até 2.736 rpm. O quarto sistema de colheita (Manual) foi composto pela derriça manual dos frutos, onde era composto por um operador para derriçar os dois lados da planta. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com quatro tratamentos e cinco repetições. No experimento em Dourados-MS foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, com quatro sistemas de colheita: no denominado sistema de colheita 1 (SC1) foi utilizado a derriçadora Nakashi Turbo II trabalhando em uma linha de plantio, onde o operador foi responsável por derriçar os dois lados da mesma planta. No denominado sistema de colheita 2 (SC2) foi utilizado a derriçadora Brudden DCM 11, onde o operador trabalhando em uma linha de plantio, foi responsável por derriçar os dois lados da planta. No terceiro sistema de colheita (SC3) foram usadas as duas derriçadoras operando simultaneamente na mesma linha, onde cada operador derriçava um lado da planta. Nos três sistemas de colheita semi-mecânica, as derriçadoras eram operadas na aceleração livre, ou seja, com frequência de 1.444 a 2736 rpm na Nakashi Turbo II e de 1.040 a 2.155,5 rpm na Brudden. O quarto sistema de colheita (Manual) foi a derriça manual dos frutos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. Na comparação das médias, foi utilizado o teste de Tukey, a 5% e 10% de probabilidade. Os atributos morfológicos das plantas de pinhão manso com três anos de desenvolvimento foram 51% maiores que aquelas com um ano, exceto para o número de ramos primários que não foi alterado e para o estágio de maturação dos frutos. Pelas características morfológicas avaliadas dos frutos e plantas do pinhão manso, há possibilidade do uso de derriçadora portátil na colheita de frutos. A poda das plantas do pinhão manso é necessária para se adequar o uso da derriçadora na colheita. O melhoramento genético das plantas é necessário para se uniformizar a maturação dos frutos, evitando-se assim o repasse, aumentando a eficiência na colheita mecânica. A capacidade de colheita da derriçadora foi cinco vezes superior a colheita manual de frutos de pinhão manso, independentemente da frequência de vibração das hastes. A eficiência de colheita com a derriçadora foi igual a eficiência da colheita manual. O índice de desfolha na frequência 2.374 rpm, foi igual estatisticamente ao obtido na colheita manual. O nível de ruído emitido na frequência de vibração de 2.736 rpm (104,6 dBA) foi o maior entre os tratamentos, ficando todos os níveis acima do permitido para uma exposição de 8 horas diarias. A capacidade de colheita com derriçadora foi maior em 4,8 vezes que a manual no sistema de colheita (SC3) onde se operava duas máquinas simultaneamente na mesma planta, sendo os demais sistemas de colheita iguais estatisticamente a manual. Para a colheita mecanizada, a maior eficiência seletiva foi observada quando a derriçadora Nakashi Turbo II foi usada, sendo os valores iguais estatisticamente a manual. A desfolha na colheita manual e no sistema SC3 foram iguais estatisticamente. |