Distribuição espacial e plano de amostragem sequencial de Conotrachelus psidii (Marshall, 1922) (Coleoptera: Curculionidae) na cultura da goiabeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Valente, Fabricio Iglesias lattes
Orientador(a): Fernandes, Marcos Gino lattes
Banca de defesa: Pereira, Fabricio Fagundes lattes, Souza Filho, Miguel Francisco de lattes, Oliveira, Isaias de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2065
Resumo: O Brasil é o maior produtor de frutas tropicais e o terceiro na produção de goiaba (Psidium guajava L.) do mundo. Muitos insetos-praga atuam limitando a produtividade da goiabeira, sendo Conotrachelus psidii (Marshall, 1922) (Coleoptera: Curculionidae), conhecido popularmente como gorgulho-da-goiaba, uma das principais pragas pois, em grandes densidades populacionais, ocasionam sérios danos a cultura da goiaba. O gorgulho-da-goiaba tem a amostragem e o controle difíceis de serem realizados por conta do seu hábito subterrâneo durante a fase de pré-pupa. Assim, o trabalho teve como objetivo estudar a dinâmica populacional, o padrão de distribuição e desenvolver um plano de amostragem sequencial de C. psidii na cultura da goiabeira. Foram utilizadas duas áreas amostrais: a primeira área constou de um pomar orgânico com a cultivar Pedro Sato, situado no município de Itaporã, Estado de Mato Grosso do Sul, região Centro-oeste do Brasil; a segunda área amostral utilizada consta de cultivo convencional localizado no município de São Roque do Canaã, Estado do Espírito Santo , região Sudeste Brasileiro. As avaliações foram realizadas semanalmente em três anos agrícolas. No ano agrícola de 2014/2015 ocorreram 15 amostragens que abrangeram o período de emergência de C. psidii do solo para atingir a copa das plantas (aproximadamente 120 dias após a poda de frutificação) até o término do período de infestação. No Estado do Espírito Santo, a área amostral constava de 70 plantas, sendo que cada parcela era representada por uma planta. As amostragens foram realizadas nos anos agrícolas de 2015/2016 e 2016/2017, e também ocorreram desde a emergência de C. psidii do solo até o final do período de ocorrência, num total de 17 amostragens em cada ano agrícola de avaliação. Os resultados obtidos permitem a constatação de que, em relação a presença de adultos e aos frutos atacados por oviposição e alimentação na cultura da goiabeira, os índices de dispersão estudados, quais sejam, razão variância/média, índice de Morisita, e expoente k da distribuição binomial negativa, indicaram que o gorgulho-da-goiaba e seus danos têm distribuição espacial agregada na cultura da goiabeira. Este resultado foi confirmado com o melhor ajuste ao modelo probabilístico de distribuição binomial negativa pelo teste do qui-quadrado. Quanto ao plano de amostragem sequencial, os valores adotados para os erros do tipo I e tipo II foram de α = β = 0,05. As linhas paralelas para tomada de decisão para ocorrência de adultos de C. psidii, foram representadas por S1 = 9,0256 + 0,6681n, indicando o limite superior e rejeitando H0, ou seja, controlar e S0 = -9,0256+0,6681n, indicando o limite inferior e aceitando H0, ou seja, não controlar. O plano de amostragem sequencial desenvolvido para C. psidii indicou que o número máximo de unidades de amostra esperadas para a tomada de decisões é de 45 amostras e o número mímimo é de 15 amostras. As linhas paralelas para tomada de decisão para a presença de oviposição foram representadas por S1 = 7,6062+0,7327n, indicando o limite superior e rejeitando H0, ou seja, controlar e S0 = -7,6062+0,7327n, indicando o limite inferior e aceitando H0, ou seja, não controlar. Para alimentação, S1 = 16,1704+1,8028n indicou o limite superior e, assim, rejeitando H0, ou seja, controlar e S0 = -16,1704+1,8028n. De acordo com os planos de amostragem preparados, determinou-se o número máximo de 29 amostras para frutos atacados com oviposições e 82 amostras para frutos atacados por alimentação.