Instituições regionais de segurança e defesa: UNASUL e União Europeia em perspectiva comparada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Camara, Lisa Belmiro lattes
Orientador(a): Espósito Neto, Tomaz lattes
Banca de defesa: Pagliari, Graciela De Conti lattes, Pinto, Danielle Jacon Ayres lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Fronteiras e Direitos Humanos
Departamento: Faculdade de Direito e Relações Internacionais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3668
Resumo: Ao considerar a análise comparada um método ímpar para a compreensão dos mais variados fenômenos, entre eles as dinâmicas do cenário internacional, este trabalho compara os órgãos de segurança e defesa da UNASUL e da União Europeia, com o intuito de compreender a lógica da cooperação em segurança e defesa no âmbito das instituições regionais. Como problema de pesquisa, busca-se dar resposta ao questionamento sobre o porquê de a cooperação em temas de segurança e defesa representar uma inflexão, visto que as questões ainda encontram travas que impedem o seu aprofundamento no nível regional. Para tanto, a pesquisa se atém ao Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), o qual representa a primeira iniciativa de cooperação em segurança e defesa entre todos os países da América do Sul, e à Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD), que constitui o atual estágio da integração europeia sobre os referidos temas. Logo, a análise está situada na interseção dos níveis regional e doméstico, o que não exclui a interação com o nível internacional, cuja compreensão é necessária para pensar as dinâmicas regionais. A amplitude teórica dos Complexos Regionais de Segurança, proposta por Buzan e Waever (2003), é utilizada como lente para a reflexão do problema, já que, segundo esta proposição, os problemas de segurança enfrentados pelos Estados de determinada região muitas vezes não podem ser pensados de forma separada, o que abre espaço para a necessidade de pensar esses assuntos de maneira conjunta via instituições. O recorte temporal da investigação inicia-se em 2008, devido à criação do CDS e às negociações europeias que resultaram na criação da PCSD, e vai até o ano de 2016. Por fim, os marcos da comparação entre os objetos investigados são: natureza, origem, longevidade, modelo institucional, estrutura, regra decisória, amplitude da agenda e dos objetivos e nível de convergência das potências regionais, elementos essenciais que podem ser úteis para vislumbrar os impasses que se colocam à cooperação em segurança e defesa.