Enriquecimento ambiental sonoro durante isolamento social e restrição de movimento no bem-estar de equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda Yumi Ueno de lattes
Orientador(a): Caldara, Fabiana Ribeiro lattes
Banca de defesa: Peixoto, Eduardo Lucas Terra lattes, Santos, Viviane Maria Oliveira dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5834
Resumo: A utilização de música como forma de enriquecimento ambiental vem sendo estudada nos últimos anos por se tratar de um recurso economicamente viável e que pode apresentar resultados promissores no bem-estar animal, especialmente em condições de confinamento intensivo. Entretanto, pouco se sabe sobre os efeitos de diferentes características musicais sobre equinos. A pesquisa foi conduzida com objetivo de avaliar os efeitos de dois estilos de música clássica, baseados em diferentes tempos rítmicos (BPM), sobre o comportamento, parâmetros fisiológicos e sanguíneos de equinos durante o isolamento social e restrição de movimentos. Foram realizados dois experimentos, sendo no primeiro, com duração de 27 dias, utilizados nove equinos sem raça definida, distribuídos em delineamento quadrado grecolatino em três tratamentos (Controle (SEM MÚSICA), Ritmo lento (63 a 83 BPM) e Ritmo Moderado (75 a 107 BPM)). Para o isolamento social e restrição de movimento os animais foram diariamente estabulados em baias individuais por duas horas sendo expostos aos estímulos durante 60 minutos, sendo avaliados comportamento, temperatura ocular, frequência cardíaca e respiratória. A exposição à música de ritmo moderado promoveu aumento da temperatura ocular e diminuição da frequência cardíaca, enquanto o estímulo musical mais lento proporcionou aos cavalos redução da frequência respiratória durante exposição. No segundo experimento, realizado trinta dias após o término do primeiro, foram utilizados dez equinos sem raça definida, distribuídos em delineameno inteiramente casualizado nos tratamentos: Ritmo lento (63 a 83 BPM) e Ritmo Moderado (75 a 107 BPM), sendo expostos às músicas por sete dias consecutivos durante uma hora, enquanto estabulados. Ao início e ao final do período experimental foram colhidas amostras de 15mL de sangue para avaliações de parâmetros hematológicos, bioquímicos e níveis séricos de serotonina. Cavalos expostos à 7 dias de música de ritmo moderado apresentaram aumento nos níveis séricos de cálcio, hemoglobina corpuscular media (HCM) e concentração total de hemoglobina, além de redução de linfócitos. Em contrapartida, a exposição à música lenta promoveu apenas aumento da HCM, concentração de hemoglobina e redução do tamanho médio das plaquetas. Ambas as músicas levaram ao aumento significativo dos níveis de séricos de serotonina após uma semana de exposição. A exposição à diferentes ritmos musicais promoveram respostas distintas, sendo ambas apropriadas na promoção do bem-estar e saúde de cavalos estabulados