Frangos de corte alojados em ambiente enriquecido: produtividade, viabilidade e bem-estar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Marconi Italo Lourenço da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191618
Resumo: Objetivou-se com este estudo avaliar a viabilidade econômica da implementação do enriquecimento ambiental, bem como verificar a influência deste sobre o bem-estar e produtividade de frangos de corte. Para isto, foram utilizadas 4000 aves, machos, com um dia de idade. Os frangos foram alojados em aviário totalmente automatizado com ventilação em pressão negativa. Os tratamentos experimentais consistiram em: Sem Enriquecimento Ambiental (SEA) - ambiente semelhante aquele encontrado em aviários comerciais; e Com Enriquecimento Ambiental (CEA) - ambiente enriquecido com fardos de feno, plataformas com degraus e projetores de luz a laser, sendo 2000 aves por tratamento. Foram avaliadas as características produtivas (desempenho, rendimento de carcaça e partes, eficiência econômica alimentar, e análise econômica); as características comportamentais (observações etológicas por meio de câmeras, testes de apanha e aproximação) e as avaliações de indicadores de bem-estar (pododermatite e miopatia dorsal cranial). As aves do tratamento SEA apresentaram maior ganho de peso (P=0,0011) e maior rendimento de carcaça (P=0,0371), enquanto as aves do tratamento CEA apresentaram menor CA e maior viabilidade. Os animais do tratamento CEA apresentaram maior FEP, EEA e lucratividade 3,47% menor do que os animais do tratamento SEA. As aves do tratamento CEA apresentaram maior atividade exploratória (P<0,0001), enquanto o tratamento SEA apresentou mais animais deitados e descansando (P<0,0001). Houve redução gradativa da locomoção com o aumento da idade e aumento dos comportamentos associados ao conforto. Projetores de luz a laser foram mais usados na 1ª semana (P<0,0001), enquanto fardos de feno e plataformas com degraus foram mais usados com o aumento da idade. As aves do tratamento CEA apresentaram melhores frequências nos testes de apanha e aproximação e menores incidências de pododermatite e miopatia dorsal cranial. Conclui-se que a implementação de fardos de feno, plataformas com degraus e projetores de luz a laser para frangos de corte, em ambiente similar ao comercial, apresenta baixo aumento nos custos de produção e é viável economicamente, além de aumentar a atividade locomotora, reduzir a expressão do medo e reduzir a incidência de pododermatite e miopatia dorsal cranial em frangos de corte.