Geografias do nada e o cinema de Chantal Akerman

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Euzébio, Ana Letícia Peixe lattes
Orientador(a): Nunes, Flaviana Gasparotti lattes
Banca de defesa: Goettert, Jones Dari lattes, Oliveira Junior, Wenceslao de Machado lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1175
Resumo: O presente trabalho apresenta uma discussão sobre os encontros entre cinema, vida e geografia. A partir do filme Do leste (1993) e da videoinstalação Tempo expandido (2018-2019) de Chantal Akerman, procuramos experimentar os sentidos espaço-temporais que as obras expressam com as geografias imaginadas da experiência acadêmica e cotidiana. Acreditamos que a produção dos espaços e tempos é o acontecer da vida que cria e recria imagens dos lugares, das coisas e suas inter-relações. O cotidiano é elemento pertinente ao trabalho da cineasta e em Do leste, os pormenores da existência provocam em que assiste o exercício de atualização das imaginações espaço-temporais, assim como a videoinstalação provoca a pensar a coexistência de trajetórias, a multiplicidade de mundos, tal como propôs Doreen Massey (2008). A experimentação do cinema está mergulhada em possibilidades de trabalho pelo plano geográfico, pois a atividade de pensar e produzir geografia(s) não está alheia ao cotidiano, mas se emaranha e se produz a partir dele. Objetivamos investigar as imagens do filme e da experiência encontro-corpo-vídeo-obra que transbordam, fogem do seu papel representacional e causam em nós, espectadoras, espectadores, gentes de todos os tipos e jeitos problemas tempoespaciais. Com esse trabalho propomos, então, pensar além dos conteúdos apresentados pelas obras, mas o encontro, os sentidos, o que se passa entre esses mundos, nossos e os mundos abertos pelo cinema. É nesse processo que essas geografias pré-construídas pelas imagens cotidianas entram em transe, rasurando o que se sabia e se pensava saber até então. Tempo, espaço, sensações mentais, imaginações corpóreas.