Geografia da escola: uma análise territorial de escolas da fronteira Brasil-Bolívia e Brasil-Paraguai

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Abreu, Laís Rondis Nunes de lattes
Orientador(a): Abreu, Silvana de lattes
Banca de defesa: Fabrini, João Edmilson lattes, Girotto, Eduardo Donizeti lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4599
Resumo: Este trabalho é fruto de um processo de amadurecimento acadêmico e profissional, que é coletivo, culminando em uma dissertação que provém das minhas discussões e vivências e de meu grupo de pesquisa. Deste modo, esta proposta abarca um olhar sobre a escola, a educação, o Estado, a fronteira e a Geografia, para compreensão da Geografia da Escola, seus territórios e territorialidades. Para tanto o trabalho foi realizado em dois municípios de fronteira de Mato Grosso do Sul, Corumbá e Ponta Porã, que compõem a faixa de fronteira com Bolívia e Paraguai, respectivamente. Em cada um dos dois municípios optamos pela análise socioespacial de duas escolas, sendo uma urbana e uma do campo, realizando uma observação do cotidiano escolar e conversas com os sujeitos: direção, coordenação, agentes de cozinha e professores; além de ser aplicada uma atividade para uma turma de estudantes em cada escola. Este trabalho tem como objetivo evidenciar as relações socioespaciais das escolas participantes, seus territórios e territorialidades. Dessa forma foi necessário compreender o papel do Estado na formulação das políticas públicas educacionais e de fronteira, pois é a partir do entendimento da relação estrutural entre os direcionamentos estatais, alinhado ao capitalismo mundial, que podemos compreender como são formuladas e implementadas as políticas públicas para as escolas brasileiras. Compreendemos que o direcionamento estatal, as territorialidades dos sujeitos e as relações socioespaciais nas escolas constroem territórios múltiplos e únicos em cada lócus que analisamos, desta maneira é preciso pensar as particularidades das escolas na formulação das políticas públicas, sobretudo quando pensamos políticas para a faixa fronteira brasileira. Foi evidenciado que a língua e a disciplina empregada por meio da escola é uma face da consolidação territorial da nação e soberania nacional para essas localidades. Por fim, concluímos que é necessário pensar a Geografia enquanto campo de análise possível para compreender as relações socioespaciais da escola, principalmente com a capacidade de observação do todo e formulação de uma análise capaz de abarcar conceitos para pesquisar uma Geografia da Escola.