Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, José Roberto Nunes de
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Orientador(a): |
Thomaz Junior, Antonio
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Banca de defesa: |
Mizusaki, Márcia Yukari
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Gebara, José Jorge
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/166
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Resumo: |
A presente dissertação versa sobre a expansão canavieira no Estado do Mato Grosso do Sul ou, mais precisamente, sobre as transformações econômicas, sociais e espaciais resultantes desse processo, que tem por característica o fato de mascarar a natureza contraditória da implantação de usinas e destilarias. Notadamente, verifica-se a ampliação do número de empresas agroindustriais canavieiras e sua conseqüente territorialização, nos últimos anos, com destaque para o Centro-Sul do Estado. Nesse contexto, apregoa-se a ideologia do agronegócio como principal responsável pela diferenciação social, na medida em que passa a valer a crença no rápido desenvolvimento estadual e na prosperidade da classe trabalhadora, a partir de um novo padrão de vida, sem notar que, apesar da geração de empregos para os trabalhadores, se mantém e se agudiza ainda mais a exploração do trabalho, atrelada, pois, à elevação da produtividade. Destarte, as relações de trabalho via de regra expressam condições degradantes de trabalho, moldadas ao processo de reprodução do capital, o que repercute diretamente no acirramento do conflito capital x trabalho, com reflexo nas ações contra-hegemônicas da sociedade, ao mesmo tempo em que se verifica um perfil sindical predominantemente corporativo e imobilista, frente ao poderio do capital. Dessa forma, a territorialização do capital canavieiro no Mato Grosso do Sul significa a monopolização do território por grupos nacionais e internacionais, que, com grande poder de barganha, encontram nas elites econômicas e políticas sua sustentação. Estas, por sua vez, permitem a ampliação das relações de dominação, controle social e, paralelamente, fingem não se importar com as conseqüências do agronegócio que atingem sumariamente os camponeses, os indígenas, os migrantes etc., os quais são constantemente lubridiados pelas falsas propostas de agenciadores. A exploração legitimada pelo Estado é embalada por relações intrínsecas de interesses que se dão através de uma teia de relações entre tais sujeitos e o capital. |