Transformações na estrutura produtiva em Mato Grosso do Sul: um estudo sobre o capital agroindustrial canavieiro no município de Dourados-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Corrêa, Alexandre de Souza lattes
Orientador(a): Mizusaki, Márcia Yukari lattes
Banca de defesa: Thomaz Junior, Antonio lattes, Carvalhal, Marcelo Dornelis lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1467
Resumo: Diante da expansão da monocultura canavieira no Estado de Mato Grosso do Sul, e atualmente no Sul do Estado, propomo-nos a estudar o município de Dourados. Estas reflexões terão como base o processo de territorialização e reestruturações produtivas em Dourados, especificamente a partir das instalações das Usinas Dourados Álcool e Açúcar Ltda. e São Fernando Ltda., que ocorreram a partir do ano de 2007. Concordamos que novas relações no território estão dominadas pelos canaviais, assim nos apoiamos primeiramente no conceito de território, interpretado como as relações sociais que produzem as formas de ocupação do território e expressam as relações entre sujeitos —indivíduos, grupos sociais, Estado, empresas, entre outros que compõem a sociedade. Portanto, o território é marcado pela história construída pelos homens que nele habitam e que dele se apropriam, marcada por lutas e contradições que se processam em uma sociedade. A partir da concepção de território, pretendemos compreender o processo de territorialização das agroindústrias canavieiras e as expressivas reestruturações que decorrem deste processo, destacando a presença do Estado como propulsor de antigas e novas territorializações do capital sucroalcooleiro. Contudo, contextualizamos historicamente a dinâmica do território no Município de Dourados, inserindo neste campo de estudo a Região Centro-Oeste e o Estado de Mato Grosso do Sul para compreendermos, através das re-divisões territoriais ou regionais do trabalho, o processo de "ocupação econômica" e a inserção dessas na economia nacional. Nesse sentido, percebemos o início de uma nova re-configuração territorial agregada aos aspectos ideológicos, em torno da geração de emprego e renda que o agronegócio envolve. Este é apoiado pelo Estado como caminho para o desenvolvimento econômico, sem levar em conta as condições do trabalho que permeiam na exploração e na extração da mais-valia do trabalhador. Portanto, esta expansão de produção do capital agroindustrial canavieiro está ancorada pela apropriação da renda da terra pelo capital sucroalcooleiro, imposta sob forma de arrendamentos em pequenas, médias ou grandes propriedades, implicando, neste contexto, em indícios de redução na produção alimentar.