Caracterização do potencial biotecnológico do Crambe abyssinica na alimentação de ruminante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moreno, Regiane Balbino dos Santos Primo lattes
Orientador(a): Brabes, Kelly Cristina da Silva lattes
Banca de defesa: Mota, Jonas da Silva lattes, Negrão, Fábio Juliano lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/870
Resumo: Objetivou-se com este trabalho avaliar a cinética do crescimento da microbiota total, fungos filamentosos e leveduras do rúmen de bovinos tratados com diferentes concentrações de torta de Crambe abyssinica e avaliar a ação antimicrobiana do extrato e frações de grãos de Crambe em Staphylococcus aureus ATCC 27664, Escherichia coli ATCC 25922, Klebsiella pneumoniae ATCC 1706, Candida albicans ATCC 90028, Aspergiullus niger ATCC 6275, Fusarium oxysporum NRRL 1871 e microrganismos isolados do rúmen. Para avaliação do crescimento microbiano ruminal foram analisados seis tratamentos com diferentes inclusões de torta de Crambe em substituição ao farelo de soja, Tratamento 1 (0%), Tratamento 2 (2,5%), Tratamento 3 (5%), Tratamento 4 (10%), Tratamento 5 (15%) e Tratamento 6 (apenas líquido ruminal) nos tempos 0, 30, 60, 120 e 240 minutos. O experimento foi realizado em triplicata. Para o teste da atividade antimicrobiana foram utilizadas técnicas de difusão em disco com o extrato etanólico, frações hexânica e hidroalcoólica, e determinação da concentração inibitória mínima (CIM) que foi desenvolvida com o extrato etanólico, frações hexânica, acetato de etila, clorofórmica e hidroalcoólica. Foi realizada a CIM do ácido palmítico para verificar se a atividade antifúngica na fração hexânica estava relacionada à sua presença. Os resultados da cinética do crescimento microbiano total no tempo de 120 minutos nos tratamentos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 foram 10,34; 8,61; 8,89; 9,12; 7,98 e 8,68 respectivamente, quanto aos fungos filamentosos e leveduras 3,13; 3,12; 3,18; 3,11; 3,14 e 3,24 respectivamente. Os resultados da difusão em disco permitiram observar halo de inibição do extrato etanólico sobre Escherichia coli ATCC 25922 e Candida albicans ATCC 90028, fração hidroalcoólica sobre Sthaphylococcus aureus ATCC 27664 e Candida albicans ATCC 90028. Na CIM o extrato etanólico inibiu Escherichia coli ATCC 25922 (12,5 mg/mL), Candida albicans ATCC 90028 (25 mg/mL); fração hidroalcoólica Staphylococcus aureus ATCC 27664 (6,25 mg/mL), Candida albicans ATCC 90028 (25 mg/mL); fração hexânica Fusarium oxysporum NRRL 1871 (25 mg/mL); fração clorofórmica Candida albicans ATCC 90028 (1,56 mg/mL), Aspergillus niger ATCC 6275 (6,25 mg/mL); fração acetato de etila Fusarium oxysporum NRRL 1871 (3,12 mg/mL). As análises de CIM mostraram que o extrato etanólico e as demais frações em estudo não apresentaram atividade antimicrobiana sobre os microrganismos Gram-negativos isolados do rúmen. Porém todos com exceção da fração hidroalcoólica, exibiram atividade antifúngica sobre o microrganismo filamentoso isolado deste ambiente. A atividade antimicrobiana do ácido palmítico foi demonstrada sobre Candida albicans ATCC 90028 (0,5 mg/mL) e Aspergillus niger ATCC 6275 (1 mg/mL), não havendo atividade antimicrobiana nos isolados ruminais. As concentrações da torta de Crambe proporcionaram crescimento da microbiota ruminal com exceção dos tratamentos 2 e 5. Os extratos provenientes dos grãos de Crambe abyssinica exibiram atividade antimicrobiana e antifúngica de microrganismos ATCCs, o que é considerado um ótimo resultado, necessitando de novos estudos quanto a sua aplicação farmacológica.