O Programa Bolsa Família na fronteira Brasil-Paraguai: compreendendo dificuldades e particularidades dos beneficiários no município de Ponta Porã-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Giovane Silveira da lattes
Orientador(a): Lamoso, Lisandra Pereira lattes
Banca de defesa: Goettert, Jones Dari lattes, Dorfman, Adriana lattes, Gumiero, Rafael Gonçalves lattes, Nunes, Flaviana Gasparotti lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4132
Resumo: Para tanto se ambiciona analisar o andamento do Programa Bolsa Família nos aspectos de sua operacionalização, especificamente nas áreas da assistência social, saúde, educação e nas estratégias que os indivíduos se utilizam para maximizar o benefício monetário que recebem, advinda da participação no referido programa. A hipótese do trabalho é de que o Programa Bolsa Família apresenta particularidades que revelam características exclusivas do lugar eleito para a presente análise. A metodologia utilizada no trabalho de tese foi entrevistas com gestores e beneficiários do Programa Bolsa Família que se utilizam dos equipamentos urbanos de uso comunitário como CRAS – Centro de Referência de Assistência Social e das ESF – Estratégia Saúde da Família, assim também de visita em algumas escolas e conversas com gestores escolares. As relações espaciais de fronteira atravessam a realização do programa por parte dos gestores e dos beneficiários. Em relação aos gestores constatou-se um freqüente cuidado para com a questão da fronteira, surgindo à necessidade da fiscalização sobre, principalmente, a localização da residência do indivíduo, verificar se reside no Brasil ou no Paraguai faz parte da rotina diária tanto dos educadores, quanto dos agentes comunitários de saúde quanto dos assistentes sociais. Neste caso, a fronteira surge para os gestores do Programa Bolsa Família como um limite de separação. Ao passo que para os beneficiários a fronteira surge como um meio de maximizar o recurso monetário recebido do Programa, devido à prática de preços menores no comércio de Pedro Juan Caballero, para produtos similares aos encontrados em solo brasileiro. Por conseguinte, para os beneficiários o Programa Bolsa Família, a fronteira é uma área de encontro. Desta forma o território de fronteira não é nulo diante da aplicação de uma política pública como o Programa Bolsa Família, ele permeia as relações tanto dos gestores da área da saúde, assistência social e educação, quanto à dos beneficiários.