Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Paula, Michele Castro de
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Orientador(a): |
Antonialli Júnior, William Fernando
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/850
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Resumo: |
A Entomologia Forense é empregada em diversas questões judiciais como ferramenta de investigações médico-criminais. Varias espécies estão associadas ao processo de decomposição, se substituem ou acrescem na carcaça, gerando uma sucessão entomológica. Segundo a literatura os grupos que mais se destacam são os dípteros, coleópteros e himenópteros (vespas e formigas). Embora os insetos mais investigados, pela importante atuação, já comprovada sejam os dípteros e os coleópteros, as formigas estão presentes em todas as fases de decomposição, podendo atuar como predadoras ou necrófagas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o papel das formigas durante o processo de decomposição de carcaças de suíno em ambiente de mata. Os experimentos foram realizados em duas estações distintas a fim de avaliar as diferenças de assembléias de formigas, seus papéis agindo como representantes de diferentes categorias ecológicas e, por fim seu papel sobre o processo de decomposição. Os dípteros foram os primeiros a localizar a carcaça, sendo coletados representantes de 15 famílias, sendo o grupo mais representativo os Calliphoridae com 39,55%, seguido por Sarcophagidae (17,82%), Muscidae (14,33%), Fannidae (9,30%), Phoridae (5,96%), e o restante das famílias representando um total de (9,76%) na estação quente e úmida. Na estação fria e seca Calliphoridae também foi a mais frequente (37,41%), seguido por Sarcophagidae (15,39), Muscidae (11,67%), Phoridae (10,68%), Fannidae (6,75%), Anthomyidae (4,60%) e o restantes das famílias somaram (13,50%). Formigas foi o segundo grupo a localizar e explorar as carcaças, sendo que 39 espécies pertencentes a seis subfamílias visitaram e exploraram as carcaças durante todo o período dos experimentos. Do total de espécies, 18 foram comuns as duas estações, 7 ocorreram exclusivamente na estação quente e úmida e 14 na estação fria e seca. Na estação quente e úmida 18% delas apresentaram hábito necrófago, 35% predador, 21% onívoro, e 26% das espécies foram consideradas acidentais. Na estação fria e seca 34% das formigas apresentaram hábito necrófago, 27% predador, 23% onívoro e 16% foram consideradas acidentais. Destas categorias, tanto as espécies que agem como predadoras, como aquelas que agem como necrófagas, interferem mais significativamente no tempo de decomposição, atrasando e acelerando respectivamente. O tempo de decomposição foi significativamente maior na estação fria e seca, provavelmente por conta das diferenças das condições climáticas, que interferem na ocorrência da fauna que atua na decomposição. Portanto, estes resultados demonstram que a ação de formigas sobre carcaças que sofrem decomposição em mata é relevante, pois podem atuar sobre outros grupos de insetos ou consumindo-a de forma direta, neste caso causando artefatos que podem alterar a percepção de legistas forenses. Em ambos os casos, também podem alterar significativamente o tempo de decomposição. |