Comunidade de Chrysomelidae (Coleoptera) de remanescentes florestais de Dourados, MS: composição de espécies, relação com a estrutura do habitat e diversidade beta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Teles, Thiago Silva lattes
Orientador(a): Linzmeier, Adelita Maria lattes
Banca de defesa: Aoki, Camila lattes, Súarez, Yzel Rondon lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/853
Resumo: Buscando compreender o funcionamento em escala local e regional da comunidade de Chrysomelidae (Coleoptera) realizamos coletas em 16 remanescentes florestais do município de Dourados, MS, Brasil, entre agosto de 2012 a março de 2013. A paisagem da região apresenta resquícios de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e de Cerrado, distribuídos em uma paisagem dominada pela agricultura e pastagem plantada. Para conhecer o funcionamento em escala local, primeiramente realizamos um estudo onde o objetivo foi conhecer a relação destes insetos com a estrutura do habitat. Medimos três variáveis para caracterizar cada local de coleta: heterogeneidade do sub-bosque, altura e cobertura do dossel. Estas variáveis explicaram significativamente a variação dos dados da comunidade de Chrysomelidae, que respondeu positivamente com o aumento da heterogeneidade do sub-bosque e altura do dossel, e negativamente com a cobertura do dossel. Concluímos que estes fatos se devem a um aumento na abundância e na diversidade de plantas hospedeiras destes insetos em locais onde o dossel for mais alto e com menor porcentagem de cobertura. Dessa forma, há um aumento na luminosidade, permitindo que plantas pioneiras como herbáceas e arbustivas se desenvolvam, aumentando a oferta de recursos aos crisomelídeos. Em escala regional, buscamos compreender qual o processo que determina a diversidade beta destes besouros em paisagens fragmentadas, bem como saber se a diversidade beta está espacialmente estruturada. O processo determinante de diversidade beta foi atribuído quase que exclusivamente à substituição de espécies (turnover) e não apresentou uma estruturação espacial. Acreditamos que, por serem insetos dependentes de seus hospedeiros, a diversidade beta de crisomelídeos seja explicada pela distribuição destas plantas, apesar de não encontrarmos evidências de um padrão de distribuição espacial das mesmas.