Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Alex Dias de
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Orientador(a): |
Goettert, Jones Dari
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Banca de defesa: |
Nunes, Flaviana Gasparotti
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Colman, Rosa Sebastiana
,
Brumes, Karla Rosário
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Martins, Isis do Mar Marques
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3901
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Resumo: |
Há mais de um século a migração internacional de haitianos tem marcado profundamente o Haiti. Parte significativa da sua população se deslocou para outros países, mas segue mantendo conexões à distância com a terra natal. Desde 2010 o Brasil se insere no conjunto dos destinos que fazem parte da intensa mobilidade haitiana. Presentes em centenas de municípios de diversos estados brasileiros, os haitianos têm ampliado as alternativas de sobrevivência e desenvolvido novas redes sociais em contextos migratórios, inclusive no estado do Mato Grosso do Sul. Por esse motivo, o objetivo central desta tese é entender qual a configuração da migração haitiana neste estado. Isso significa se interrogar sobre como essa migração teve início e sobre quais condições ela se desenvolveu. Para isso, utilizamos de metodologias mistas, em destaque para a História Oral e para a Observação Participante, com complementação de análise documental e bibliográfica. Nossa investigação concluiu que a migração haitiana no Mato Grosso do Sul teve início no ano de 2012, com o recrutamento de trabalhadores por empresas localizadas no estado e que a continuidade dos fluxos esteve baseada na dinâmica das redes sociais entre familiares, amigos e conterrâneos. Identificamos que os meios e locais de entrada guardam estreita relação com as políticas migratórias e por esse motivo se alteraram ao longo do tempo. Nossos resultados também indicam a segmentação no mercado de trabalho, a crescente feminização e o surgimento de uma segunda geração de migrantes com o nascimento de crianças brasileiras de ascendência haitiana. Argumentamos que a migração haitiana no Mato Grosso do Sul e no Brasil é uma ampliação do espaço transnacional haitiano sustentado na dinâmica das redes sociais que envolve migrantes e não migrantes em diversos locais. |