Segurança do extrato aquoso das sementes de Aleurites moluccana (L.) Willd. em ensaios in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Castilho, Pamella Fukuda de lattes
Orientador(a): Oliveira, Kelly Mari Pires de lattes
Banca de defesa: Berti, Alessandra Paim lattes, Cortez-Vega, William Renzo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2302
Resumo: As plantas são utilizadas popularmente como alternativa a medicamentos, entretanto, muitas espécies vegetais não possuem sua toxicologia elucidada. A falta desses estudos em conjunto com a capacidade das plantas apresentarem efeitos adversos alertam para essa prática que pode colocar em risco a saúde de seus consumidores. Aleurites moluccana, pertence a família Euphorbiaceae e possui uma semente popularmente conhecida como ―noz da Índia‖ que é utilizada como fonte de emagrecimento, entretanto, não há estudos que comprovem a segurança da sua ingestão. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial da toxicidade oral, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade em ensaios in vitro e in vivo do extrato aquoso das sementes de Aleurites moluccana (EASAM). No teste de toxicidade oral aguda uma dose de 2000 mg/kg de EASAM foi administrado oralmente uma única vez a ratas Wistar e foram observadas durante 14 dias. Para a toxicidade oral a curto prazo, cometa e micronúcleo os animais foram tratados durante 28 dias e foram estabelecidos um grupo controle negativo, três grupos teste tratados com as doses de 100; 50 e 25 mg/kg do EASAM e um grupo controle positivo tratado com ciclofosfamida para o ensaio de micronúcleo. Além disso, somente para a toxicidade oral a curto prazo foi adicionado um grupo satélite tratado com a dose de 100 mg/kg e seu controle negativo tratado com solução salina que foram mantidos em observação durante 14 dias após o término do experimento a fim de observar efeitos tóxicos tardios, persistentes ou reversíveis. Para o teste de Ames foram utilizadas as concentrações de 5000; 1500; 500; 150 e 50 μg/placa frente as linhagens TA97a, TA98, TA 100 e TA 1535 com e sem ativação metabólica e as mesmas concentrações foram utilizadas para o ensaio do MTS frente a células tumorais (Hela e SiHa) e não-tumorais (Vero). No teste de toxicidade oral aguda o EASAM apresentou uma DL50 > 2000 mg/kg sendo avaliado como pouco tóxico. No teste de toxicidade oral a curto prazo, os animais que receberam as doses de 100, 50 e 25 mg/kg do EASAM não apresentaram alterações bioquímicas, hematológicas, histopatológicas e sinais clínicos de toxicidade. No teste do cometa e micronúcleo, as doses administradas do EASAM não causou danos ao DNA das células ou aumentou o número de micronúcleo nos eritrócitos dos animais quando comparado ao controle negativo. Além disso, as concentrações avaliadas do EASAM não apresentou potencial mutagênico in vitro pelo teste de Ames, pois o IM < 2. No ensaio de citotoxicidade, a dose de 5000 μg/placa do EASAM na maior concentração reduziu mais de 50% da viabilidade celular de todas as linhagens, e, nas menores concentrações, manteve a viabilidade das linhagens tumorais reduzidas (65 – 95%). De acordo com os resultados deste trabalho, o EASAM nas condições e concentrações avaliadas, não apresenta toxicidade oral aguda ou a curto prazo, potencial mutagênico in vitro e in vivo e genotóxico in vivo, mas demonstra um potencial antiproliferativo.