Zoneamento ambiental da bacia hidrográfica do rio Santo Antônio, Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Abrão, Cleiton Messias Rodrigues lattes
Orientador(a): Berezuk, André Geraldo lattes
Banca de defesa: Silva, Charlei Aparecido da lattes, Leite, Emerson Figueiredo lattes, Bacani, Vitor Matheus lattes, Fitz, Paulo Roberto lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4598
Resumo: Esta tese tem por objetivo elaborar uma proposta de zoneamento ambiental para Bacia Hidrográfica do rio Santo Antônio a partir da estimativa de perda de solo, capacidade de uso da terra e Áreas de Preservação Permanente (APP). A organização desse trabalho se deu em formato de artigos, contendo uma introdução, área de estudo, procedimentos metodológicos, resultados e discussão e considerações finais. Cada capítulo ficou responsável por apresentar uma temática ou objetivo específico. No primeiro capítulo, foi escrito um de referencial teórico sobre os principais conceitos e temáticas abordadas no decorrer da tese. O segundo capítulo, apresenta um diagnóstico físico ambiental, como os aspectos físicos e os tipos de uso da terra e cobertura vegetal. Os resultados desse capítulo demostram que há um predomínio das atividades agropecuárias nesta bacia, especialmente pastagem e agricultura. O terceiro capítulo apresenta os resultados obtidos com aplicação da Equação Universal de Perda de Solos (EUPS). As características físicas, tanto dos solos quanto das formas de relevo influenciaram nas altas taxas de perda natural de solo. Quando são acrescentados os tipos de uso da terra, as maiores perdas ocorreram em áreas que são ocupadas pela pastagem e agricultura, em especial situadas no médio curso. No quarto capítulo são expostos e discutidos os níveis de capacidade de uso da terra, levando em consideração a declividade, os tipos de solos e uso da terra e cobertura vegetal. Os resultados demostram que existem lugares propícios para ocupação agropecuária, onde o relevo é favorável e solos bem desenvolvidos, com menos riscos de erosão. No entanto, verifica-se um avanço das áreas agrícolas em direção ao médio curso dessa bacia que apresentam altas restrições à ocupação, devido à presença de solos mais frágeis, como neossolos litolíco e regolítico, que ainda estão em processo de desenvolvimento. Ressalta-se também a criação de uma classe de uso especial para os neossolos quartzarênicos que apresentaram alta fragilidade e que deve ser manejado com cautela, recomendado apenas para preservação ou conservação da vegetação. Por fim, no quinto capítulo, são apresentados os resultados da integração das variáveis entre o mapa de perda de solos, capacidade de uso e Áreas de Preservação Permanente (APP), que culminou no produto final dessa tese, o zoneamento ambiental da área de estudo. Os resultados demostram que grande parte da bacia é favorável à ocupação, devido as suas características com relevo plano a suave e com solos desenvolvidos, como os latossolos vermelhos. Na zona de alta restrição ao uso, é recomentado apenas a manutenção da cobertura vegetal para proteção dos topos de morro e morrotes contra o surgimento de processos erosivos. Em trabalho de campo, foi possível observar que algumas dessas áreas estão sendo pressionadas para o uso agrícola. A situação é preocupante, pois nesses locais à presença de grandes processos erosivos ocasionados pela ausência de medidas para prevenção a esses fenômenos, bem como a conversão das áreas de pastagem para agricultura em locais inapropriados ao uso agrícola e altas taxas de perda de solo por erosão. Também é necessária a recuperação das APPs que não estão de acordo com a legislação florestal. Deve-se ter mais atenção, em especial às nascentes e córregos que apresentaram maior perda de vegetação aluvial.