Contribuição metodológica aos estudos de zoneamento geoambiental como subsídio ao planejamento ambiental na bacia hidrográfica do rio Andirá, Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Periçato, André Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254964
Resumo: Os estudos ambientais e a atenção com o meio ambiente são questões imprescindíveis a serem discutidas atualmente. A intensificação e as constantes transformações nas formas de uso e ocupação da paisagem, tem gerado significativas mudanças na qualidade ambiental, afetando sobretudo a qualidade do meio ambiente, bem como a vida da população nos mais diversos espaços. Assim sendo, a pesquisa se pauta na motivação em contribuir com as formas de identificação e mapeamento das unidades geoambientais nos estudos de planejamento ambiental, identificando não somente as unidades geoambientais em função da análise apenas dos elementos físicos e sociais do meio, mas sim a análise integrada da sociedade e natureza em conjunto com a vulnerabilidade ambiental. Neste contexto, a compreensão da paisagem, a percepção da vulnerabilidade ambiental, bem como, o mapeamento e agrupamento da paisagem, apresentam-se de como ferramentas de extrema importância em estudos ambientais no âmbito do planejamento ambiental. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo geral, delinear estratégias para a elaboração de um modelo para o zoneamento geoambiental como subsídio aos estudos de planejamento ambiental com aplicação na bacia hidrográfica do rio Andirá, no estado do Paraná. Para tanto, sob a perspectiva metodológica, foi realizado o levantamento e análise e descrição dos aspectos do relevo como declividade, hipsometria, formas da vertente e de compartimentos geomorfológicos. Também foram caracterizados os solos, a geologia, a distribuição espacial da chuva, e por fim as formas de uso e ocupação da bacia hidrográfica. A integração dessas variáveis permitiu a realização do mapa de vulnerabilidade ambiental classificando a vulnerabilidade em quatro classes, que foram de baixa vulnerabilidade até muito alto nas respectivas porcentagens: 0,39%, 55,63%, 43,95% e 0,02%. De forma geral, as maiores vulnerabilidade foram encontradas nos setores onde associam solos de textura média, com declividades médias de 12 a 20% e com vertentes convergentes. Os usos da terra nessas áreas com elevada vulnerabilidade estão associados sobretudo a atividade canavieira. As áreas com baixa declividade, nos setores menos declivosos, com solos argilosos e vertentes planas a divergentes em sua forma. Os usos encontrados foram os cultivos temporários de soja e milho. Realizada a integração destas variáveis e a análise da vulnerabilidade foram identificadas quatro unidades geoambientais. A maiores vulnerabilidades foram identificadas associados aos solos de textura média a arenosa. Por sua vez, as menores vulnerabilidades associaram a presença dos solos mais argilosos. O conhecimento e a identificação das unidades geoambientais, permitiu identificar as particularidades de cada unidade mapeada, reconhecendo suas potencialidades e fragilidades. A fim de melhor caracterizar a área de estudo, também foram realizadas algumas análises de granulometria, densidade do solo, resistência a penetração e a condutividade hidráulica. O conhecimento das principais limitações e vocações de uma determinada porção do território contribuem com a diminuição dos efeitos negativos provocados pelo uso inadequado dos recursos naturais, ocasionados, geralmente, pela falta de planejamento, contribuindo para um melhor aproveitamento de tais recursos, minimizando os efeitos negativos.