As Relações de poder entre professoras e crianças: registros da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Claudemir Dantes da lattes
Orientador(a): Oliveira, Magda Carmelita Sarat lattes
Banca de defesa: Tebet, Gabriela Guarnieri de Campos lattes, Salgado, Raquel Gonçalves lattes, Ziliani, Rosemeire de Lourdes Monteiro lattes, Alves, Andréia Vicência Vitor lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4525
Resumo: Considerando o cotidiano da educação infantil, esta pesquisa apresentou como questão norteadora discutir sobre como são estabelecidas as relações de poder entre professoras e crianças. Desse modo, buscamos problematizar e analisar as relações de poder utilizando como fontes, os registros disponibilizados por duas professoras, produzidos no ano de 2016, momento em que ambas trabalhavam com crianças na faixa etária dos 2 aos 4 anos. Metodologicamente, tratou-se então, de uma pesquisa de abordagem qualitativa com base na análise documental. Quanto ao referencial teórico buscamos uma aproximação com a teoria de Norbert Elias, para tanto utilizamos os conceitos de figuração, interdependência e poder. Apoiados nesse referencial e tratando a instituição de educação infantil como uma figuração social, onde estão imbricadas outras figurações, as fontes em questão, nos permitiram perceber que na contemporaneidade, existe um maior equilíbrio na balança de poder entre professoras e crianças. Essa percepção, ao nosso entender, apareceu a partir do momento em que, intencionalmente, as docentes adequaram tempos e espaços, tornando-os mais flexíveis, para que ocorresse da melhor forma possível, a interação entre as crianças, bem como a interação destas para com as professoras. O reconhecimento cada vez mais ampliado das especificidades infantis e de seu potencial para o aprendizado e para a produção cultural, enfoca o expressivo lugar de poder que as crianças ocupam nos espaços coletivos de aprendizagem. Além disso, influenciam, alteram e ressignificam, não somente os espaços/ambientes da creche, como também agregam as famílias nas ações do cotidiano, nos levando a inferir sobre as alterações relacionais, inclusive nos lares, também, a partir das vivências da creche. No mais, as crianças demonstraram, de diferentes formas, que constroem suas próprias teias relacionais, tensionadas por suas indagações nem sempre respondidas, gestos de empatia, alteridade e formas bastante peculiares de reconhecimento do outro e da interação com o mundo à sua volta. Já as professoras, por sua vez, apesar de promoverem práticas dialógicas e participativas, mesmo que em muitos momentos não os faça de forma intencional, ainda se utilizam de artifícios que buscam ajustar as crianças a modelos de comportamentos tidos com civilizados, corretos e aceitáveis.