Condenações de carcaças suínas em abatedouro comercial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bueno, Lesley Soares lattes
Orientador(a): Caldara, Fabiana Ribeiro lattes
Banca de defesa: Salgado, Douglas D'Alessandro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/729
Resumo: A pesquisa foi conduzida visando avaliar as principais causas de condenações de carcaças em abatedouro comercial, suas relações com a época do ano e estimar os prejuízos causados à indústria em função de sua ocorrência. Os dados referentes às condenações de carcaças, relativos aos anos de 2007 a 2009, foram obtidos em abatedouro comercial, situado no município de Dourados, MS e convertidos em porcentagem do número total de cabeças abatidas no período. Os dados referentes às condições climáticas (Temperatura e UR) foram obtidos da estação meteorológica da UFGD, Dourados, MS. Com base nos dados meteorológicos obtidos foram calculados as amplitudes térmicas e os Índices de Temperatura e Umidade (ITU). Foram consideradas todas as causas de condenação de carcaças observadas, totais ou parciais, sendo as principais (mais frequentes) agrupadas por classes (pleurite+pneumonia, enterite, artrite, abscessos, fraturas+contusões+mortes). O índice total de condenação de carcaças foi baixo e apresentou-se estável ao longo dos anos estudados. As causas de condenações mais prevalentes foram abscessos e mortes no transporte, que juntos representaram cerca de 40% do total das condenações. As condenações relativas a problemas sanitários apresentaram tendência de redução ou de estabilidade ao longo dos anos. Entretanto, as condenações causadas por problemas de manejo (abscessos, fraturas, contusões e mortes) apresentaram significativa elevação. Considerando-se conjuntamente os fatores climáticos temperatura e umidade relativa do ar, observou-se que apenas entre os meses de maio a setembro, os animais estiveram sob condição de conforto (61<ITU≤65) e intermediária (65<ITU≤69) e nos demais meses em situação de estresse (69<ITU≤73). Embora os dados tenham apresentado grande variabilidade ao longo dos anos e nas diferentes épocas do ano, observou-se aumento na incidência de condenações relativas a problemas de manejo (fratura+contusões+mortes), a problemas respiratórios (pleurite+pneumonia) e artrites nas épocas mais quentes do ano, que corresponderam aos maiores índices de temperatura e umidade (ITU). As demais classes de condenações avaliadas não apresentaram padrão em sua ocorrência ao longo do ano. O prejuízo anual médio à empresa integradora em função da condenação de carcaças foi da ordem de um milhão de reais nos anos estudados. As principais causas de condenações de carcaças são provenientes de falhas no manejo. Altas temperaturas associadas à elevada umidade relativa do ar favoreceram o aumento de condenações de carcaça por fraturas, contusões, mortes no transporte, artrite e problemas respiratórios. O montante que deixa de ser anualmente recebido pela empresa, poderia ser investido no treinamento de mão de obra visando reduzir os índices de condenação de carcaças.