Escolarização na fronteira Brasil-Paraguai: 1901-1927

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Josgrilbert, Alessandra Viegas lattes
Orientador(a): Gebara, Ademir lattes
Banca de defesa: Centeno, Carla Villamaina lattes, Furtado, Alessandra Cristina lattes, Queiroz, Paulo Roberto Cimó lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1161
Resumo: Esta pesquisa se propõe a realizar aproximações entre a educação matogrossense e a paraguaia na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no limiar do século XX. O recorte temporal para esta investigação se situa entre 1901, época da nomeação do primeiro professor de Ponta Porã e 1927, data da inauguração do grupo Escolar Mendes Gonçalves. Foram utilizados como referências o Paraguai e o Estado de Mato Grosso uma vez que na Constituição Republicana Brasileira, de 1891, a responsabilidade sobre a educação foi delegada aos estados. O referencial teórico se baseou na Nova História Cultural, centrado nos estudos de Chartier (1988), apoiado em Certeau (1982) e Burke (1992). Para o conceito de fronteira foram utilizados Certeau (1998) e Hennessy (1978) e para utilização de periódicos em pesquisas, Gebara (1975), Capelato (1988), Hime (2005a, 2005b, 2002) e Campos (2012). A questão norteadora deste texto foi: Como se deu o início do processo de escolarização na fronteira Brasil- Paraguai? Especialmente, na fronteira entre as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Para tanto, esta investigação tem como principal objetivo analisar o início do processo de escolarização na fronteira Brasil-Paraguai, nas cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Tem como objetivos secundários: abordar a historiografia educacional fronteiriça pelo viés de autores paraguaios, abordar a historiografia educacional fronteiriça pelo viés de autores brasileiros, e realizar uma aproximação entre textos paraguaios, brasileiros e o jornal -O Progresso‖, de circulação local, para descrever o cotidiano escolar nessa fronteira, independente da nacionalidade do fato. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram analisados 173 números do jornal -O Progresso‖, com atenção dedicada às categorias de busca -escola‖ e -professor‖ e seus similares em espanhol. Para a análise foram elencadas as categorias -obrigatoriedade escolar‖, -escolas e professores‖, -inspetores escolares‖, -avaliações escolares‖, -disciplina escolar‖, -edifícios escolares‖, -calendário‖ e -currículo‖. Como resultados, a pesquisa demonstrou, primeiramente, que a situação escolar, tanto do lado brasileiro quanto do lado paraguaio, era precária. A instabilidade política foi um dos principais entraves para a evolução da educação. Vários regulamentos foram elaborados no intuito de melhorar a qualidade da educação e estratégias semelhantes pautaram o percurso educacional de ambos, como, por exemplo: a importação de pessoal, o investimento na formação de professores, as conferências pedagógicas e a edição de revistas pedagógicas. Mesmo com investimentos governamentais e estratégias semelhantes, a educação, tanto no Paraguai quanto em Mato Grosso evoluiu lentamente.