As ações do estado nacional e a trajetória política dos Guarani Ñandeva no oeste do Paraná (1977-1997)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Conradi, Carla Cristina Nacke lattes
Orientador(a): Vasconcelos, Cláudio Alves de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/326
Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal compreender o devir recente dos Guarani Ñandeva no Oeste do Paraná em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional. O período analisado compreendeu os anos de 1977, início da construção da Itaipu, até 1997, quando foi demarcada a segunda reserva indígena no Oeste do Paraná. Duas questões básicas nortearam a pesquisa: as estratégias estatais visando desconfigurar a região enquanto um espaço indígena; e a trajetória de mobilização política dos Guarani que resultou na demarcação das duas reservas indígenas no Oeste do Paraná, Santa Rosa do Oco´y e Tekoha Añetete. Com a construção da Usina a comunidade indígena foi reconhecida oficialmente pela Funai e passou a ser tutelada por este órgão estatal. Depois de muitas negociações entre Usina, Funai e os índios, os Guarani foram assentados numa pequena área considerada imprópria para a sua organização socio-espacial. Todavia, foi nesse novo estabelecimento que eles reelaboraram suas práticas de luta e iniciaram um processo de denúncias, tanto no contexto nacional quanto internacional, sobre o descaso do Estado em relação à sua cultura e aos seus direitos. A partir desta mobilização política a recuperação de seu território tradicional (de 1500 hectares) foi possível. Conquistaram assim, o Tekoha Añetete.