(Entre) Wendy guerra(s): espera indômita, vida domada, a escrita de si em todos se vão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Ueslei Alves de lattes
Orientador(a): Barzotto, Leoné Astride lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Alexandra Santos lattes, Benatti, Andre Rezende lattes, Guida, Angela Maria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4557
Resumo: Este trabalho tem como perspectiva a análise do livro Todos se vão (2011) da autora contemporânea Wendy Guerra. Por meio do gênero textual autoficcional, a autora cria uma atmosfera onde a protagonista de seu livro, Nieve Guerra, narra por meio de dois diários, mantidos ao longo da diegese, os eventos cubanos que afetaram a sua vida pessoal e social. O objetivo desta pesquisa é compreender como a escrita literária feminina na obra Todos se vão aborda a denúncia de sujeitos aos quais sofrem com os deslocamentos, ditaduras e opressões domésticas. Questões como o medo, a subjugação de mulheres ou o não poder escrever, como é apresentado pela protagonista, correspondem ao mesmo tipo de poder e invasão, metafóricos ao período da colonização, responsáveis pela extinção de diversas culturas e saberes nas regiões conhecidas como Caribe e América Latina. Wendy Guerra reorganiza o poder literário de sua narrativa a fim de apresentar a opressão sofrida, correspondendo-a ao seu país de origem, no qual está reestruturado ao mundo contemporâneo que ainda busca maneiras de manter o domínio do corpo do outro. Os levantamentos teóricos necessários para esta pesquisa estão, em grande parte da dissertação, inseridos em outros textos latino-americanos e caribenhos cuja epistemologia também encontra na Colonialidade do Poder (2005) de Aníbal Quijano uma tentativa de desvalorizar a ciência produzida em outros lugares que não sejam os países hegemônicos liberalistas. Estudamos ainda com a perspectiva do totalitarismo (2012) e da violência (2020) por meio dos estudos de Hannah Arendt (2009) e de Xavier Crettiez (2009) e da escrita feminina pela análise de Rita Terezinha Schmidt (2000).