Cinética de secagem e composição química do óleo essencial de folhas de Pereskia aculeata Miller

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Hoscher, Renata Henrique lattes
Orientador(a): Goneli, André Luís Duarte lattes
Banca de defesa: Simionatto, Euclésio lattes, Donatini, Raquel dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Engenharia Agrícola
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1296
Resumo: As folhas de Pereskia aculeata são comumente utilizadas na produção de nutracêuticos e/ou alimentos funcionais. Normalmente, as folhas dessa espécie ao serem colhidas, apresentam alto teor de água, fator indesejável e que pode levar a degradação do produto. Neste sentido, visando a qualidade, é importante que o teor de água seja reduzido logo após a colheita do produto, portanto, a secagem se torna indispensável. Contudo, é imprescindível cuidados nessa etapa, uma vez que parte dos componentes químicos presentes nas folhas, como o óleo essencial são termossensíveis. Além dos cuidados relativos aos fatores que podem comprometer a composição química, como a temperatura e velocidade do ar, torna-se necessário verificar o comportamento do produto durante este processo. Assim, objetivou-se com o presente trabalho, avaliar a cinética de secagem de folhas de P. aculeata, e ajustar modelos matemáticos aos dados experimentais, bem como verificar o efeito de diferentes condições de secagem sobre a cor das folhas e composição química do óleo essencial. As folhas foram submetidas a secagem em quatro temperaturas, 40, 50, 60 e 70 °C e duas velocidades do ar de secagem, 0,4 e 0,8 m s-1, em delineamento inteiramente casualizado, com duas repetições. Aos dados experimentais da secagem das folhas de P. aculeata foram ajustados diferentes modelos matemáticos tradicionalmente utilizados em trabalhos científicos para a descrição da cinética de secagem. Também se determinou a taxa de redução de água, o coeficiente de difusão efetivo e a energia de ativação. Após a secagem, foi realizado a avaliação da cor das folhas, pela leitura direta de refletância das coordenadas “L”, “a” e “b”. Também se realizou a extração do óleo essencial, por hidrodestilação, e posteriormente, feita a identificação e concentração das substâncias presentes e os dados foram submetidos a análise de componentes principais. De posse dos resultados, conclui-se que dentre os modelos analisados, o de Midilli é o único que apresentou ajuste satisfatório em todas as condições de secagem; a taxa de remoção de água e o coeficiente de difusão efetivo aumentaram com a elevação da temperatura e da velocidade do ar de secagem. Com o aumento da temperatura e velocidade do ar de secagem, os valores das coordenadas “L” diminuíram, indicando que houve tendência ao escurecimento das folhas, já para a coordenada “a”, seus valores aumentaram, apontando que as folhas perderam a cor característica inicial, e exibem tendência ao escurecimento, e para a coordenada “b”, os valores diminuíram, sinalizando que a coloração das folhas fica mais escura. Além disso, o incremento de temperatura do ar de secagem, ocasionou maior efeito sob a cor das folhas, implicando em uma maior diferença de cor entre as folhas secas e as folhas da planta fresca. O processo de secagem influenciou na concentração das substâncias presentes no óleo essencial de P. aculeata. A secagem nas condições de 40 e 50 °C em ambas as velocidades do ar de secagem, foram as que propiciaram maiores porcentagens de concentrações das substâncias identificadas.