Era uma vez e ainda é: a recontextualização na produção textual de estudantes do primeiro ano do ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Antunes, Tailane Flores lattes
Orientador(a): Barbosa, Edilaine Buin lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Alexandra Santos lattes, Neves, Cynthia Agra de Brito lattes, Melo, Silvia Mara de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1233
Resumo: A presente dissertação, inserida no campo aplicado dos estudos da linguagem, focaliza o trabalho de leitura literária, análise linguística e (re) escrita do conto Chapeuzinho vermelho, a fim de defender a pertinência do ensino por meio do gênero literário conto de fadas no Ensino Médio. Especificamente, objetivamos entender como os alunos recontextualizam, em suas produções textuais, os elementos, tanto temáticos quanto estruturais identificados nas três diferentes versões de um mesmo conto de fadas. As produções textuais e as videogravações aqui selecionadas e analisadas, a partir de um olhar qualitativo interpretativista, foram geradas por meio de uma pesquisa-ação em uma escola pública estadual, com dois primeiros anos do Ensino Médio, nas aulas de Língua Portuguesa. Este trabalho ancora-se na perspectiva bakhtiniana de linguagem como manifestação viva, histórica e social, que nos permitiu sinalizar o diálogo que os textos dos estudantes mantém com as leituras de mundo que fazem. A tessitura da prática com a teoria nos levou a verificar que a produção textual dos estudantes confirmou-se como lugar em que as experiências, saberes, crenças, ideologias e identidades se materializam e que o trabalho com o texto literário conto de fadas auxiliou os alunos, via ficção, a construírem essas representações sobre o contexto real de vida e do mundo subjetivo deles. Isso nos alerta, enquanto professores, sobre a importância do letramento literário, e sobre o olhar social e interacional que deve ser dado às transferências de vivências, empíricas e simbólicas, que os alunos fazem para o texto.