Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Godoi, Rozana Vanessa Fagundes Valentim de
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Orientador(a): |
Furtado, Alessandra Cristina
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Banca de defesa: |
Martins, Mirian Celeste Ferreira Dias
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Assis, Jacira Helena do Valle Pereira
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Oliveira, Magda Carmelita Sarat
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Ziliani, Rosemeire de Lourdes Monteiro
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4524
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a história do Curso de Licenciatura em Educação Artística da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no período de 1980 a 2000. O recorte temporal justifica-se por dois argumentos: o ano de 1980, o qual ancora a criação do referido curso na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o ano de 2000, que corresponde à alteração da nomenclatura do Curso para Artes Visuais. Em termos mais específicos, esta pesquisa buscou compreender o período da criação do curso de Licenciatura em Educação Artística na UFMS; caracterizar a constituição do curso e as transformações ocorridas, da sua gênese na UFMS, até à alteração da nomenclatura para Artes Visuais; investigar a organização do currículo do curso de licenciatura em Educação Artística e as representações construídas em torno dele; e por fim analisar, a partir das narrativas individuais, a história e memória coletiva do curso em questão. Como referencial teórico-metodológico pautamos na Nova História Cultural, ao elencar o conceito de representação, elaborado por Chartier (1990, 1991, 2017), e as abordagens desenvolvidas por Certeau (1982, 1995, 2014). Sobre o ensino de arte, nos respaldamos principalmente em Barbosa (2002, 2005); e nas discussões em torno da formação de professores foram conduzidas a partir de Nóvoa, Diniz-Pereira e Gatti (2010). As investigações efetivadas sobre o currículo, ocorreram com Goodson (1995), Sacristán (2000) e Moreira e Silva (2004); e por fim, ao discorrer sobre as narrativas dos professores optamos pelo uso das fontes orais e concebemos um percurso teórico metodológico aventado pela História Oral, com Alberti (2004). O corpus documental foi formado tanto por documentos do Arquivo do Curso quanto do Arquivo Central da UFMS, tais como: atas, portarias, estruturas curriculares, comunicações internas, registros imagéticos, esboços e plantas arquitetônicas do prédio, além das legislações relacionadas ao ensino da arte. As fontes orais foram constituídas pelas entrevistas semiestruturadas, realizadas com quatorze docentes e um técnico administrativo, que participaram do processo de criação e constituição do curso em questão. A partir do exposto, a tese defendida é de que o processo de constituição da Licenciatura em Educação Artística da UFMS acompanhou os movimentos e a história desta área de conhecimento no cenário da educação brasileira e que, também, nesse processo, foi perpassado pelos posicionamentos adotados pelos docentes em defesa das mudanças necessárias em um curso voltado para a formação de professores de arte. Disso, compreendemos que a criação do Curso de Licenciatura em Educação Artística na UFMS foi conduzida pela legislação que normalizava as ações do período da sua criação, pautado principalmente pela Lei nº 5.692/71 e nas proposições ocorridas em outros cursos da área, implantados nesse mesmo período no Brasil, sendo consolidados pelos movimentos políticos nacionais e pela participação da categoria de professores de arte em sua federação e associações locais. A pesquisa evidenciou, ainda, que o Curso de Licenciatura em Educação Artística da UFMS teve, a princípio, o papel de atender a demanda por formar professores de arte, para atuar no ensino de 1º e 2º graus. No entanto, além da formação de professores, entendemos que o curso participou na formação de artistas e no desenvolvimento de atividades artísticas e culturais no estado de Mato Grosso do Sul (MS). Consideramos, também, que a mudança na nomenclatura do curso, não ocorreu apenas por indicativo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a 9.394/96, como quando da sua criação, mas como entendimento das mudanças conceituais que permearam a arte e o seu ensino no Brasil. |