Germinação e crescimento in vitro de baru (Dipteryx alata Vogel) em diferentes concentrações de alumínio, ferro e manganês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castilho, Ludmila Osório lattes
Orientador(a): Damiani, Claudia Roberta lattes
Banca de defesa: Soares, Jackeline Schultz lattes, Wondracek, Marcos Henrique Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3515
Resumo: O baru (Dipteryx alata Vogel) é uma planta arbórea nativa, de ampla distribuição no Brasil e apresenta um crescimento e desenvolvimento em solos ácidos como o do Cerrado, indicando provável mecanismo de tolerância às condições adversas do solo, como a alta concentração de metais e o pH ácido. Devido à inexistência de informações sobre a tolerância desta espécie a metais e a possibilidade de ser utilizada na recuperação de áreas degradadas e/ou na fitorremediação, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a capacidade de germinação e crescimento in vitro de baru em meio suplementado com diferentes concentrações de alumínio, ferro e manganês, bem como, por meio da análise química, determinar a concentração dos metais acumulados nas plantas cultivadas nestas condições. Os tratamentos consistiram de: alumínio – Al3+ (0; 3,5; 7,0; 10,5; 21,0 ou 42,0 mg L-1), ferro – Fe3+ (0; 2,5; 4,9; 7,4; 14,7 ou 29,4 mg L-1) e manganês – Mn2+ (0; 0,4; 0,8; 1,2; 2,4 ou 4,8 mg L-1) adicionados ao meio WPM. Os valores testados foram baseados na resolução CONAMA 420/2009 para águas subterrâneas, utilizando como menor concentração o valor limite, calculado com base em risco à saúde humana. Foi realizado um delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo testadas seis concentrações de cada metal, cada tratamento foi constituído por três repetições, sendo cada repetição composta por um frasco de cultivo contendo cinco sementes cada. Aos 60 dias de inoculação foram avaliados o percentual de germinação, o número médio de folhas, o comprimento da raiz principal e da parte aérea, a massa fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular e a concentração dos cátions Al, Fe e Mn na biomassa das plantas. Os resultaram evidenciaram que nas condições em que o experimento foi conduzido, a germinação e o crescimento in vitro de baru não foram afetados pela presença em altas concentrações de nenhum dos metais avaliados, não sendo verificadas diferenças no percentual de germinação e no crescimento das plantas, assim como não foram observadas características típicas de toxicidade, como alterações na morfologia das raízes, clorose ou oxidação dos tecidos. A ausência de sintomas de toxicidade nas plantas de baru, na presença de Al, Fe e Mn em concentrações acima dos valores limites encontrados na legislação, indicam que a espécie é tolerante a estes metais. O acúmulo de Al e Fe na biomassa das plantas, simultâneo ao aumento das concentrações destes elementos no meio de cultivo, indica que a espécie é uma provável acumuladora destes elementos ao longo do seu desenvolvimento, haja vista à presença em concentrações significativas destes elementos também nas sementes.