As Memórias de Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis sobre o golpe militar chileno: sobrevivência e testemunho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Macedo, Tatyane Aparecida Vanini lattes
Orientador(a): Bungart Neto, Paulo lattes
Banca de defesa: Nichnig, Claudia Regina lattes, Barzotto, Leoné Astride lattes, Tedeschi, Losandro Antônio lattes, Resende, Flávia Almeida Vieira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1858
Resumo: Esta dissertação de Mestrado em Letras tem por objetivo analisar as obras O crepúsculo do macho (1980), de Fernando Gabeira; e Roleta chilena (1981), de Alfredo Sirkis, que narram o exílio de ambos e o período em que permaneceram no Chile durante o governo do socialista Salvador Allende, que foi destituído do poder em 11 de setembro de 1973, pela Junta Militar formada pelo comandante do exército chileno, o general Augusto José Ramón Pinochet Ugarte. A ditadura no Chile se estendeu por dezessete anos e, com isso, o país passou a viver uma ditadura sangrenta, preocupada apenas em perseguir, matar seus opositores e atender aos interesses dos Estados Unidos. As obras serão analisadas com base nas contribuições de teóricos como Eric Nepomuceno (2015), Márcio Seligmann-Silva (2003), Maurice Halbwachs (2006), Philippe Lejeune (2008), entre outros. Nesse sentido, pretende-se interpretar as obras supracitadas como resultado dos depoimentos feitos pelos dois escritores, bem como buscar, a partir da análise do contexto histórico e de aspectos memorialísticos, identificar de que maneira as autobiografias e os testemunhos participam da evocação de um momento crucial da história política brasileira, com reflexos em sua identidade cultural e na memória coletiva do país. Tais narrativas híbridas – mistura de autobiografia, história e jornalismo político – relatam a construção da lembrança da resistência e da luta contra o poder imposto pelos militares, partindo da ideia de que os conflitos sociais são movidos por diferentes aspectos ideológicos e movimentos que mobilizam a sociedade em determinados contextos históricos.