Dois olhares: o romance-reportagem e a apropriação da verdade factual em Sinais de vida no planeta Minas, de Fernando Gabeira, e Os amores da pantera, de José Louzeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Matos, Felipe Augusto Caetano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-10042015-115929/
Resumo: O presente trabalho se propôs a dialogar com parte da apreciação teórico-crítica sobre o gênero que surge na literatura brasileira na década de 70: o romance-reportagem, caracterizado como neorrealista ou puramente documental. A fim de lançar novas perguntas frente a essas valorações negativas sobre o gênero, realizamos um estudo acerca dele, partindo de obras dos escritores Fernando Gabeira e José Louzeiro, especialmente dos romances Sinais de vida no planeta Minas e Os amores da Pantera. No primeiro capítulo, a fim de traçar esse percurso, fizemos um comentário de parte das correntes críticas que inseriram o romance-reportagem no rol dos gêneros desprestigiados para, em seguida, expor os conceitos ligados à literatura pós-moderna nos quais nos apoiamos para aventar a hipótese que eles se encontrariam nas obras om o objetivo de, então, apresentar minimamente as características que entendemos como intrínsecas ao gênero. No segundo capítulo, traçamos uma breve discussão acerca dos limites da representação e os questionamentos pós-modernos acerca deles, a fim de pensarmos o romance de José Louzeiro. Por fim, no terceiro e último capítulo, procuramos analisar a complexificação na apropriação do fato noticioso no romance de Fernando Gabeira, a fim de aproximar o narrador da noção barthesiana de scriptor para diferenciá-lo daquele do romance de Louzeiro, no tocante à organização do fato noticioso e da incorporação da retórica jornalística.