Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Wagner da Paz
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Orientador(a): |
Bacchi, Lilian Maria Arruda
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Banca de defesa: |
Vieira, Maria do Carmo
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Gavassoni, Walber Luiz
,
Reis, Lucas Coutinho
,
Souza, Paulo Henrique Nascimento de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5658
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Resumo: |
Os micronutrientes podem ser usados como uma nova tecnologia no manejo contra a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) na soja, uma vez que os nutrientes minerais estão diretamente envolvidos na ativação dos mecanismos de defesa, como ativadores enzimáticos, inibidores e reguladores do metabolismo. Neste contexto o objetivo, com esse trabalho, foi avaliar o efeito do níquel e do selênio sem e com associação com fungicida (azoxistrobina + benzovindiflupir), no controle do fungo P. pachyrhizi e seus efeitos nos componentes agronômicos, bioquímicos e produtividade na cultura da soja. Foram realizados dois ensaios, conduzidos simultaneamente de 14 de outubro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, na Fazenda Experimental da Faculdade de Ciências Agrárias (FAECA) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)- Dourados-MS. No ensaio um, utilizou-se a cultivar sw Briza RR e as unidades experimentais foram compostas por seis linhas de semeadura de soja (nos dois ensaios). Para as avaliações, foram consideradas as duas linhas centrais. Os ensaios foram conduzidos em delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 6x2 totalizando 12 tratamentos. No primeiro ensaio, os tratamentos foram: com níquel (Ni) e o Ni associado ao fungicida (azoxistrobina + benzovindiflupir), sendo as concentrações de Ni (0; 20; 40; 60; 80 e 100 g ha-1 ) utilizando sulfato de níquel (NiSO4(H2O)6, e com a concentração de 200 g ha-1 de fungicida comercial, aplicados durante estágio fenológico R1 da soja. No segundo ensaio, a cultivar utilizada foi a Monsoy 6410 IPRO, e os tratamentos foram: selênio (Se), e o Se associado ao fungicida, nas concentrações (0; 10; 20; 30; 40 e 50 g ha-1 ) utilizando selenito de sódio (Na2SeO3) e associado ou não ao fungicida (azoxistrobina + benzovindiflupir), em dose é época especificados no experimento com Ni. Foram avaliados em ambos experimentos: índice de clorofila (SPAD), severidade (SEV), área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), componentes agronômicos e produtividade da soja, catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), peroxidase (POD), lignina (LIG), celulose (CEL) e hemicelulose (HEM) e nitrogênio foliar (N). A aplicação do Ni, reduziu a SEV e a AACPD. A 1000G, PROD, GL, AP e Índice SPAD - 1 e 2, não apresentaram diferenças entre os tratamentos Ni, e o Ni associado com o fungicida, não houve efeito significativo nos fatores, dose, interação entre dose e tratamento e bloco. O Ni associado com o fungicida reduziu a severidade em 43,39% em comparação ao Ni, e apresentaram índices menores da AACPD e menor severidade comparados com o Ni. O Ni e Ni associado ao fungicida, estimularam a produção de componentes estruturais na parede celular, como celulose, hemicelulose e lignina. Houve interação significativa entre os fatores, dose e tratamento, tanto para Ni quanto para Ni associado ao fungicida para o teor de nitrogênio nos trifólios de soja. As enzimas CAT, POD, SOD, PROT, apresentaram um ajuste quadrático no tratamento Ni e Ni combinado com o fungicida, indicando um aumento na atividade até a concentração próxima a 40 g de Ni ha-1 , com aumento das concentrações maiores houve uma diminuição subsequente da enzima e da PROT, nos tratamentos testados. Para a massa de 1000G, não apresentou diferenças significativas do Se, e do Se associado com fungicida. Para a variável AP, com o aumento da dose de Se e do Se associado com o fungicida, houve um efeito linear negativo, apresentando menor altura de planta na dose de 50 g ha-1 . O mesmo foi observado no SPAD-1. Os tratamentos de Se, e Se associado ao fungicida levaram a um aumento nos teores de CEL e HEM, respondendo com ajuste linear aos tratamentos. As enzimas CAT, POD, SOD e a PROT, apresentaram ajuste quadráticos para o tratamento de se e o selênio combinado com o fungicida, indicando um aumento até o ponto máximo, seguido de uma queda nas atividades enzimáticas e na proteína total nos trifólios de soja, podendo ser causada pelo efeito de toxidez do Se. |