Ações coletivas nos assentamentos rurais da reforma agrária do Centro-Oeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nogueira, Maria Aparecida Farias de Souza lattes
Orientador(a): Vilpoux, Olivier Francois lattes
Banca de defesa: Pereira, Márcio de Araújo lattes, Campeão, Patricia lattes, Gimenes, Régio Marcio Toesca lattes, Moura-Leite, Rosamaria Cox lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica Dom Bosco
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2691
Resumo: A criação de associações e cooperativas vem sendo destacada como uma via importante de produção, organização, agregação de valor e de comercialização para a agricultura familiar se manter competitiva. Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral identificar e analisar as formas de ações coletivas nos assentamentos rurais da reforma agrária do Centro-Oeste brasileiro, região com elevado índice de concentração de terras. Para atingir esse objetivo foi utilizada amostragem não probabilística e metodologia quali-quantitativa, com aplicação de questionários e entrevistas. Foram entrevistados 55 presidentes de organizações de 54 assentamentos da região Centro-Oeste e 1162 assentados dos três estados. Os dados foram analisados por meio do programa xlstat. Os resultados indicam que mais da metade dos assentados entrevistados afirmou que possuía algum vínculo com a organização coletiva do assentamento. Entre as instituições pesquisadas as organizações políticas são, em média, maiores que as organizações comerciais, o que é condizente com as expectativas e as características de grupos exclusivos e inclusivos. Na maior parte, elas são formalizadas juridicamente, como associações, cooperativas ou grupos e não têm por hábito realizarem investimentos, principalmente em bens privados. Os membros de organizações políticas investem principalmente em custos operacionais e bens comuns, com retorno mais rápido e apresentam maior dificuldade de exclusão de seus membros. Foram identificados alguns fatores que podem influenciar as ações coletivas, dando destaque para o tamanho dos grupos. A necessidade de benefícios foi também considerada importante, mesmo se os benefícios não são sempre claramente percebidos pelos associados. As características dos grupos também foram apontadas como um dos fatores contributivos para a existência de cooperação. Também foi analisada a existência de sanções para quem não participa das atividades do grupo, tendo sido encontrada que são raras e pouco aplicadas. Foi possível identificar fatores que podem influenciar a ação coletiva, com especificidades diferentes em função do tipo de organização, política ou comercial.