Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Shimada, Gabriela Duarte Pereira
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Orientador(a): |
Bernardes, Sara Santos
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Banca de defesa: |
Oesterreich, Silvia Aparecida
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Possik, Patricia Abrão
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Faculdade de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4920
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Resumo: |
O melanoma é o câncer de pele mais agressivo devido sua elevada capacidade de metastização. Diversos fatores dificultam o início do primeiro tratamento da doença, repercutindo em um pior prognóstico. No Brasil, é lei desde 2013 que o tratamento de câncer inicie no prazo máximo de 60 dias após o diagnóstico histopatológico. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar as características socioeconômicas e clínicas que influenciam no tempo entre o diagnóstico e o início do primeiro tratamento do melanoma. Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de melanoma cutâneo registrados na base de dados do Registros Hospitalares de Câncer (RHC) entre 2009 e 2017, tenho sido coletados dados referentes as características sociodemográficas, clínicas e de atendimento. Foram observadas disparidades socioeconômicas e geográficas. A realização do primeiro tratamento após 60 dias do diagnóstico foi associada ao sexo feminino, baixa escolaridade e residir ou receber o tratamento na região Norte do país. A escolaridade aumentou 26% o risco de iniciar o primeiro tratamento em até 60 dias para aqueles com ensino superior. Os tratados na região Norte do país, tiveram o maior tempo mediano para iniciar o primeiro tratamento (56 dias). Os casos atendidos no Sistema Único de Saúde, com diagnóstico fora do hospital registrador e com o tratamento iniciado por radioterapia ou terapia sistêmica também foram associados a um atraso para o primeiro tratamento do melanoma. Embora 65% dos casos analisados, tenham iniciado o primeiro tratamento em até 60 dias, a implementação da lei não impactou significativamente na proporção de casos que realizaram o primeiro tratamento para doença nesse período. Desta maneira, concluiu-se que o acesso ao primeiro tratamento do melanoma é desigual no Brasil, e que fatores sociodemográficos e clínicos estão associados ao maior tempo de espera para o mesmo, refletindo assim, barreiras de acesso ao tratamento no período de tempo preconizado por lei. |