Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Perobelli, Mariza
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Orientador(a): |
Góis, Marcos Lúcio de Sousa
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Banca de defesa: |
Freitas, Silvane Aparecida de
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Barbosa, Edilaine Buin
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1235
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Resumo: |
A inserção da modalidade oral na sala de aula, no Brasil, embora atestada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é incipiente. A discussão sobre práxis envolvendo gêneros orais formais públicos como objetos de ensino de língua materna pode colaborar para ampliar o espaço oferecido à oralidade. Para tal, este trabalho tem como objetivo geral analisar a transposição didática interna do gênero textual seminário em contexto escolar. Empregou-se a metodologia qualitativa de cunho etnográfico e se seguiu uma orientação interpretativista para coleta de dados e análise do corpus, constituído de videogravações de uma sequência de ensino de 12 horas/aula, desenvolvida por uma professora em uma turma de oitavo ano do Ensino Fundamental II, de uma escola da rede pública estadual de Dourados, Mato Grosso do Sul. As aulas da sequência de ensino foram decompostas e sintetizadas por meio da ferramenta sinopse e, após, descritas e analisadas sob o enfoque do objeto de ensino, dos gestos didáticos (fundadores e específicos) mobilizados pela docente e dos dispositivos didáticos utilizados por ela. A pesquisa fundamenta-se em pressupostos teórico-metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) e em aportes teóricos dele decorrentes, tais como trabalhos de pesquisadores do Grupo de Genebra – Bronckart (2003, 2010); Aeby-Daghé; Dolz (2008); Schneuwly (2009a, 2009b, 2010); Schneuwly; Dolz et al. (2011); Dolz, (2015, 2016) – e de pesquisadores brasileiros – Nascimento, (2011a, 2011b, 2012); Barros (2012); Oliveira (2013). A análise dos dados revelou que, nas intervenções didáticas, a professora elege aspectos importantes do gênero textual seminário, embora privilegie alguns objetos de ensino concernentes às dimensões ensináveis desse gênero em detrimento de outros. Ampliou também a noção de gestos didáticos e demonstrou a relevância desses movimentos linguageiros na análise de práxis envolvendo gêneros textuais orais. Percebeu-se que a inserção da oralidade como objeto de ensino de língua materna está atrelada à capacitação dos docentes, em formação inicial e continuada, com foco em práxis que incorporem não só os gêneros textuais orais formais públicos e a elaboração de dispositivos didáticos relacionados a esses gêneros, mas também em gestos didáticos. |