Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bellon, Patrícia Paula
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Orientador(a): |
Loureiro, Elisângela de Souza
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Banca de defesa: |
Fernandes, Marcos Gino
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Pereira, Fabricio Fagundes
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Otsubo, Auro Akio
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Pessoa, Luis Gustavo Amorim
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/270
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Resumo: |
O percevejo-de-renda (Vatiga illudens e V. manihotae) (Drake, 1922) (Hemiptera: Tingidae) é uma praga que vem crescendo significativamente nas regiões produtoras de mandioca, demandando adoção de métodos de controle. Entretanto, ainda são escassos estudos relacionados à sua biologia, flutuação populacional, perdas na produtividade e nível de dano econômico, dificultando a elaboração de estratégias de manejo. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi registrar as espécies do percevejo-de-renda em lavouras de mandioca na região Sul de Mato Grosso do Sul, determinar a flutuação populacional desse inseto e avaliar a não preferência para a oviposição de V. illudens em cultivares de mandioca. Inicialmente foram encontrados e coletados em campo ninfas e adultos do percevejo-de-renda. Esses insetos foram encaminhados ao laboratório e identificados com base em caracteres morfológicos nas espécies V. illudens e V. manihotae, os quais foram registrados pela primeira vez no Estado de Mato Grosso do Sul. Posteriormente, foi determinada a flutuação populacional do percevejo-de-renda, V. illudens, em cultivares de mandioca e verificado a correlação desses insetos com os fatores climáticos (temperatura máxima, média, mínima, precipitação e umidade relativa). Para isso, foram avaliadas em campo quatro cultivares de mandioca: Kiriris, N-25, IAC 90 e Fécula Branca. A flutuação populacional do percevejo-de-renda foi realizada durante o período de 18 meses, entre janeiro de 2011 a junho de 2012, observando dois ciclos da cultura da mandioca (primeiro ciclo ou primeiro ano de avaliação e segundo ciclo ou segundo ano de avaliação). Quinzenalmente foram amostradas quatro plantas centrais de cada parcela e cinco folhas do terço médio de cada planta, quantificando o número de ninfas e adultos de V. illudens por folha. Vinte meses após o plantio da cultura foi mensurado a produtividade de raízes. O pico populacional das ninfas e adultos para o primeiro ciclo da cultura ocorreu nos meses de março a maio. Para o segundo ciclo esses índices populacionais aconteceram nos meses de janeiro a abril, respectivamente. A cultivar Kiriris apresentou maior número médio de ninfas (3,61) e de adultos (0,73) de V. illudens por folha de mandioca e a cultivar IAC 90 o menor número de insetos (0,41 e 0,07 para ninfas e adultos, respectivamente). Houve correlação negativa entre a população de insetos adultos e a produtividade de raízes. Com relação aos fatores climáticos, apenas as temperaturas máximas, médias e mínimas afetaram a população de ninfas de percevejo- de-renda. Em seguida, avaliou-se a não preferência para a oviposição de V. illudens em cultivares de mandioca. Compararam-se as cultivares Kiriris, N-25, Fécula Branca, IAC 90, M Ecu 72 e IAC 576. Foram realizados ensaios de preferência para oviposição, com o teste sem chance de escolha, em condições de semi-campo. Avaliou-se o número de ovos/fêmea/folha, o número de excrementos/casal/folha e o índice de preferência para oviposição. O menor número de ovos foi observado para a cultivar M Ecu 72 (0,10) e o maior para a cultivar Kiriris (13,28). Para o número médio de excrementos, IAC 576 (51,25), Kiriris (47,89) e IAC 90 (44) apresentaram o maior e N-25 (25,92), M Ecu 72 (28,25) e Fécula Branca (29,87) o menor número de excrementos. Em relação ao índice de preferência à oviposição, as cultivares Kiriris (+26,89) e N-25 (+0,84) foram classificados como estimulante e, Fécula Branca (-6,54), IAC 90 (-7,59) e M Ecu 72 (- 97,41) como deterrente à oviposição de V. illudens. A cultivar M Ecu 72 revelou-se altamente resistente e Kiriris suscetível a V. illudens. Esses resultados são fundamentais para se definir estratégias de manejo para o controle do percevejo-de-renda. |