Análise discursiva das (re)produções de morte de corpos abjetificados no Sul de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Feitosa, João Victor Rossi lattes
Orientador(a): Becker, Simone lattes
Banca de defesa: Farias, Marisa de Fátima Lomba de lattes, Oliveira, Esmael Alves de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Antropologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5543
Resumo: Esta dissertação surge a partir da análise das interpretações do que se entende como morte, seus significados (mais amplificados) e suas induções advindas do Estado e instituições (estatais ou não) brasileiras, mais especificamente por parte do governo federal conduzido por Jair Messias Bolsonaro, na gestão da pandemia disparada pelo coronavírus (e suas mutações) em 2020. Visando os efeitos abjetificadores que circulam e são resultantes dos discursos e das relações de poder, empreendi o exercício etnográfico para a análise da (re)produção de morte que em tempos pandêmicos intensificam as opressões capitalísticas neoliberais. O recorte sul-mato-grossense se dá na urgência da mortificação de dadas corporeidades, cujas diferenças que as instituem implicam em vivências radicalmente desiguais, na lógica do agronegócio e do colonialismo que agudizam e reverberam os racismos, machismos e LGBTQfobias presentes nestas terras. A dissertação dividese em três partes: no primeiro momento trago minha experiência acadêmica à luz de insights que estimularam meu caminho até o mestrado e, em seguida, proponho a análise documental de medidas normativas sancionadas pelo Estado, especialmente do governo federal, retiradas de mídias impressas, bem como, advindas de meus diários de campo e de minhas vivências com observação participante em contextos anteriores e durante a pandemia, empreendidos no sul de Mato Grosso do Sul, mais especificamente na cidade de Dourados. Por fim, reflito sobre a (re)produção de resistências de grupos que enca(ra)ram na linha de frente o combate à desigualdade em momentos de crise.