Biodiversidade de borboletas frugívoras no parque estadual das várzeas do Rio Ivinhema, Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Lucas Ortega lattes
Orientador(a): Torres, Viviana de Oliveira lattes
Banca de defesa: Dias, Fernando Maia Silva lattes, Fernandes, Wedson Desidério lattes, Campos, Jaqueline Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5633
Resumo: Os insetos da ordem Lepidoptera são considerados importantes bioindicadores, uma vez que apresentam altos níveis de sensibilidade de acordo com o nível de degradação do habitat. As comunidades de borboletas neotropicais podem ser divididas em duas guildas de acordo com os hábitos alimentares: borboletas nectarívoras e não nectarívoras. Os lepidópteros não nectarívoros, pertencem à família Nymphalidae e são reconhecidos por sua grande diversidade e capacidade de dispersão ocorrendo em matas de todo o Brasil. Neste trabalho caracterizamos a comunidade de borboletas não nectarívoras da família Nymphalidae em fragmentos de mata da área de várzea, avaliando também se a estrutura da comunidade de borboletas depende da diversidade de plantas nos fragmentos de mata. As coletas passivas foram realizadas por armadilhas Van Someren-Rydon e as coletas ativas foram com rede entomológica em cinco fragmentos de mata no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema-MS, de janeiro a março de 2020. A partir da riqueza de espécies foram calculados os índices de diversidade de Simpson e Shannon, e a composição de espécies foi avaliada por escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) e correlacionada com as espécies de árvores frutificando e florindo. Foram coletados 914 indivíduos de 27 espécies, distribuídas nas subfamílias Biblidinae, Satyrinae, Charaxinae e Nymphalinae nesta ordem de riqueza de espécies. Três espécies foram singletons e duas doubletons. As espécies mais abundantes foram Fountainea ryphea, Hamadryas februa e Yphthimoides sp, e o número de espécies variou de 11 a 21 entre os fragmentos. A curva de acumulação para o total de espécies do parque se estabilizou, todavia quando analisamos os fragmentos separadamente, dois deles não estabilizaram. O NMDS gerou um gradiente em poucas dimensões da variação em composição de espécies, baseado na abundância e composição de cada fragmento, e demonstra diferenças em composição de espécies entre os pontos amostrados, fator este que demonstra o hiperdinamismo das comunidades de borboletas Nymphalidae no parque. Além disso, as comparações entre as ordenações do NMDS apontaram que há alguma relação entre os fragmentos, e as comunidades de borboletas que ocorrem neles. Portanto, nossos resultados contribuem para a compreensão da diversidade e composição de borboletas não nectarívoras em áreas de várzea e de transição como é o caso do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. Além disso, evidencia que a composição de espécies responde as mudanças dos fragmentos.