Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Laudicéia Neiva Roldão
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Orientador(a): |
Mizusaki, Márcia Yukari
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Banca de defesa: |
Fabrini, João Edmilson
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Souza, José Gilberto de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/952
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Resumo: |
Enquanto resultado do contraditório desenvolvimento capitalista, os camponeses lutam pela manutenção do equilíbrio da sua base de recursos, pela autonomia relativa e pela permanência na terra frente a territorialização do capital. A resistência camponesa foi evidenciada no município de Glória de Dourados por meio de várias estratégias, conforme as nuances e contradições da expansão do capitalismo no campo. Nos últimos 20 anos, o campesinato gloria-douradense busca na transformação da matéria prima de origem vegetal e animal, uma forma complementar à renda na unidade camponesa. A produção tem como base a mão de obra da família e a venda mediante os circuitos curtos de comercialização. Buscamos analisar as relações contidas nessa forma de produção que caracteriza a indústria doméstica, na perspectiva de nova estratégia de resistência camponesa. A observação e análise partiu do levantamento de dados em 15 unidades de produção que possuem a indústria doméstica. As entrevistas com camponeses e as observações empíricas foram importantes guias para entender as etapas envolvidas no processo de produção e venda dos produtos nas unidades que possuem a indústria doméstica. Essas unidades utilizam a venda de porta a porta como forma de destinação do produto ao consumidor, caracterizando os circuitos curtos de comercialização. Observados e analisados os dados na multidimensionalidade, nota se com clareza a perspectiva camponesa no ato de transformar a matéria prima, observada as especificidades no modo de fazer e vender. Por isso, traz-se nesse trabalho o conceito de produto combinado como resultado dessa transformação que demonstrou a motivação extraeconômica, como uma estratégia de resistência. Assim, a indústria doméstica constitui de forma eficiente para a complementação da renda e para o aumento da autonomia relativa na unidade camponesa. No entanto, a forma como se dá as regulamentações dirigidas pelo poder público no âmbito da venda dos produtos de origem animal e vegetal podem influenciar na autonomia relativamente conquistada pela unidade de produção camponesa nessa atividade. Portanto, a indústria doméstica e os circuitos curtos de comercialização possibilitam a permanência no campo, a resistência camponesa, ainda que, a própria (re)produção inerente ao sistema capitalista limita a autonomia camponesa e ainda que, a venda seja feita de forma direta vários são os fatores influenciadores nesse processo de produção e venda demonstrou não garantir. De certa forma, a unidade camponesa e o sujeito social camponês resiste de formas específicas e multidimensionais. |