Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Uribe Cardona, Juan Esteban |
Orientador(a): |
Dal Soglio, Fabio Kessler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132897
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Resumo: |
As comunidades camponesas na Colômbia persistem através das múltiplas e heterogêneas formas de resistência e luta contra a invisibilidade e exclusão do modelo de desenvolvimento do país. No sudoeste do Estado de Antioquia, junto ao conflito armado e concentração da terra, somou-se nos últimos anos o interesse de grandes investidores para a intensificação da extração mineira, os grandes projetos hidrelétricos e o estabelecimento de monocultivos de exportação. Frente a este panorama, as organizações sociais e camponesas da região estão construindo alternativas civis de empoderamento local para assegurar a permanência no território e a continuidade de seus modos de vida. É o caso da Associação Agropecuária do Município de Caramanta (ASAP), que trabalha em favor do fortalecimento da organização comunitária e dos modos locais de fazer agricultura, como principais estratégias adotadas pelas famílias da associação para materializar sua resistência e configurar suas formas de existência, sua dignidade e autonomia. Para este estudo foi utilizado como referencial teórico e metodológico a Perspectiva Orientada aos Atores (POA) que busca a participação dos atores como protagonistas na construção do conhecimento e processos de desenvolvimento, privilegiando as percepções e iniciativas locais. Trata-se de uma pesquisa essencialmente qualitativa apoiada no trabalho etnográfico. Das análises foi possível identificar que as famílias da ASAP desenvolvem práticas em torno de agriculturas de baixos custos, manejo da agrobiodiversidade, fortalecimento do autoconsumo, o trabalho em rede e reconhecimento do saber local, como elementos fundamentais para sua resistência e desenvolvimento local. Neste sentido concluiu-se que a luta camponesa se materializa através de ações cotidianas que envolvem tanto conhecimentos como decisões, interesses e práticas que buscam o bem estar das comunidades e proteção dos meios de subsistência. Portanto, estas experiências constituem valiosos aportes para avançar em direção a formas de organização cooperativas, processos de agroecologia, e à construção de políticas públicas a favor dos camponeses desde a perspectiva de desenvolvimento rural sustentável. Mas para isto ser possível, é necessário o reconhecimento do campesinato como sujeito importante no desenvolvimento do país, através de mecanismos de proteção e apoio para estas comunidades por parte do Estado e da sociedade em geral. |