Cultura histórica, visões do ensino: das obras fundacionais aos primeiros escritos para o ensino de história do Brasil (1817 – 1861)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Paula, Larissa Klosowski de lattes
Orientador(a): Pinto, Adriana Aparecida lattes
Banca de defesa: Zarbato, Jaqueline Aparecida Martins lattes, Fronza, Marcelo lattes, Mendes, Luís César Castrillon lattes, Perli, Fernando
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5033
Resumo: Essa tese defende a afirmação de que havia uma escrita “à brasileira” da história do Brasil por intermédio de obras impressas e disseminadas nessa territorialidade, por sujeitos naturalizados ou nascidos no Brasil e que tiveram suas obras publicadas entre os anos de 1817 e 1861. Para tanto, traçou-se como objetivo de pesquisa identificar a possibilidade da existência de uma cultura histórica de escrita antes mesmo da efetivação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que norteou, desde a sua criação, a forma pela qual a história do Brasil seria escrita e ensinada. O fundamento para essa possibilidade de análise foi a existência de fontes para tal, tais como Corografia brasílica ou relação histórico-geográfica do Reino do Brasil, de Aires de Casal, de 1817; as Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Províncias Anexas à Jurisdição do Vice-Reino do Estado do Brasil, de Pizarro e Araújo, de 1820-1822; as Memórias para servir a História do Reino do Brasil, de Luís Gonçalves dos Santos, o Padre Perereca, de 1825; a História dos Principaes Sucessos do Imperio do Brasil, do Visconde de Cairu, José da Silva Lisboa, de 1826; e os escritos utilizados como didáticos no Colégio Pedro II, a saber, o Compendio da História do Brasil, de José Ignacio de Abreu e Lima, impresso em 1841, e as Lições de História do Brazil, de Joaquim Manuel de Macedo, de 1861. Buscou-se ressaltar, também, as características dos períodos históricos e do campo intelectual no qual essas obras foram escritas, bem como os sujeitos que escreveram essas obras, por intermédio de revisão bibliográfica dessas temáticas. Para se responder à hipótese de pesquisa, utilizou-se como metodologia a categorização das fontes nas premissas de Jörn Rüsen, quanto aos interesses, as ideias, os métodos, as formas e funções concernentes à lapidação da cultura histórica escrita e das formas de se fazer história em determinadas temporalidades. Com esse movimento, foi possível considerar que houve uma escrita à brasileira que extrapolou às norteadas pelos órgãos e institutos oficiais que versaram sobre tal tarefa.