Alimento vivo na dieta de larvas do surubim híbrido (Pseudoplatystoma reticulatum x P. corruscans) em viveiros escavados: bases ecológicas para estudos do crescimento de fases iniciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nakamura, André Kioshi da Silva lattes
Orientador(a): Russo, Márcia Regina lattes
Banca de defesa: Súarez, Yzel Rondon lattes, Grisolia, Alexeia Barufatti lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/855
Resumo: A produção de alimento natural via fertilização de viveiros escavados é uma prática comum na larvicultura de peixes. Entretanto, há muitas questões a serem respondidas, uma delas é a falta de um protocolo alimentar específico para as exigências alimentares de peixes carnívoros, o que representa uma forte restrição à ampliação da produção, pois pouco se conhece sobre a ecologia do crescimento durante as fases iniciais de peixes. Com base nessas informações, o objetivo desse estudo foi avaliar o crescimento e a dieta de póslarvas do surubim híbrido no período de alimentação natural, frente à disponibilidade de alimento no ambiente. O estudo foi realizado em três viveiros escavados (V1, V2 e V3), com sistema de criação semi-intensivo, de uma piscicultura de Dourados-MS. Após a fertilização inicial e o enchimento completo dos viveiros, foram coletadas amostras de zooplâncton com uma rede de plâncton, zoobentos com uma draga do tipo Petersen e dez pós-larvas do surubim híbrido, a cada três dias, totalizando quatro coletas em cada viveiro. A dieta foi composta por Moina minuta, larvas de Chironomidae, outros invertebrados e restos de peixe (canibalismo). Houve um melhor desempenho das pós-larvas no V1, o que esteve relacionado com maiores valores de densidade do zooplâncton e maior consumo de larvas de Chironomidae. Embora rotíferos tenham sido os organismos mais abundantes (80% do zooplâncton coletado), as pós-larvas do surubim híbrido alimentaram-se seletivamente de Moina minuta. Dentre os invertebrados bentônicos, larvas de Chironomidae representaram mais de 60% dos táxons coletados, e foi o segundo item mais consumido pelas pós-larvas, especialmente a partir do terceiro dia de coleta, quando estas tinham entre 2,0 e 3,5 cm de comprimento. O canibalismo (avaliado pela presença de congêneres no conteúdo estomacal) observado especialmente no V1, aumentou à medida que os peixes cresceram, diminuindo consideravelmente na última coleta. Os resultados desse trabalho demonstram que, a fertilização dos viveiros no sistema semi-intensivo mostrouse eficiente no desempenho das pós-larvas do surubim híbrido, e que mesmo para fases iniciais, existe seleção do alimento durante o período de alimentação natural.