Identificação de contaminação genética do surubim híbrido interespecífico (Pseudoplatystoma corruscans X Pseudoplatystoma reticulatum) em ambiente natural do Estado do Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vaini, Jussara Oliveira lattes
Orientador(a): Grisolia, Alexeia Barufatti lattes
Banca de defesa: Ferraz, André Luiz Julien lattes, Russo, Márcia Regina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/865
Resumo: O híbrido interespecífico entre Pseudoplatystoma corruscans e Pseudoplatystoma reticulatum é amplamente comercializado por apresentar maior docilidade e precocidade quando comparado aos parentais. Porém, dificuldade de identificação incorreta dos híbridos e puros associada aos escapes destes pelas pisciculturas possibilitou a introdução de surubins híbridos em ambientes naturais. Com isso, objetivou-se identificar, por meio de técnicas moleculares, a existência de surubins híbridos em rios do Estado do Mato Grosso do Sul. Os peixes (P. corruscans, P. reticulatum e surubim híbrido) foram coletados e identificados visualmente por pescadores e pesquisadores. Fragmentos de nadadeira de 183 peixes provenientes do Rio Dourados, Ivinhema, Brilhante (Bacia do Paraná), Negro, Aquidauana, Miranda, Paraguai (Bacia do Paraguai) foram utilizados. O DNA total foi extraído com Resina Chelex 5% e submetido a PCR multiplex e PCR-RFLP dos genes nucleares RAG2, GLOBINA, EF1α, 18S rRNA e mitocondrial 16S rRNA. Do total de 33 peixes coletados na Bacia do Paraguai, foram detectados 10 P. corruscans, 14 P. reticulatum, 7 Híbridos F1 e 2 Híbridos Pós-F1, todos “Pintacharas”. Dos 150 peixes da Bacia do Paraná, identificou-se 66 P. corruscans, 2 P. reticulatum, 61 Híbridos F1 e 21 Híbridos Pós-F1, sendo 18 “Pintacharas” e 64 “Cachapintas”. Os resultados demonstraram que a identificação visual não correspondeu com a identificação genética e que a técnica molecular empregada foi eficiente, pois foi possível a identificação do híbrido e seus parentais puros. A implantação de projetos de manejo e conservação torna-se necessária, a fim de manter a integridade genética dessas populações em rios do Estado do Mato Grosso do Sul.