Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lucas Manoel Cardoso de
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Orientador(a): |
Mota, Adeir Archanjo da
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Banca de defesa: |
Moretti, Edvaldo Cesar
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Lima, Samuel do Carmo,
Silva, Mário Cezar Tompes da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4726
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Resumo: |
A industrialização e a rápida e precária urbanização reuniram condições para promover ambientes urbanos cada vez mais insalubres. No final do século XIX, para mitigar a ausência da primeira natureza na cidade, iniciaram-se os esforços para que “o verde”, a segunda natureza que faz referência à primeira natureza, passasse a participar da paisagem da cidade. Na atualidade, as cidades jardins continuam a ser exceção, inacessíveis para quase a totalidade dos(as) trabalhadores(as), que usufruem das poucas áreas livres de edificação no espaço público. Estas áreas livres são utilizadas para lazer, prática de exercícios, contemplação da natureza, cenário de relações sociais e necessária para garantia da qualidade de vida. A pesquisa teve por objetivo analisar as relações entre os indicadores de usos das áreas livres e de condições de saúde percebida entre moradores(as) da cidade Dourados. Esta cidade, uma capital regional de médio porte populacional, situa-se no quadrante sul do estado de Mato Grosso do Sul e conta, em 2021, com apenas 28 áreas livres, com predominância de infraestrutura precária, manutenção insuficiente e desigual distribuição espacial. A metodologia se constituiu de levantamento de dados primários, com a aplicação de questionário eletrônico desenvolvido no Google Forms, com amostragem pelo método Snowball, divulgado e respondido por meio da rede mundial de computadores, uma estratégia para desenvolver o estudo durante a pandemia da CoVID-19. O questionário buscou caracterizar o perfil sociodemográfico, a frequência de uso, as motivações e a distância da moradia em relação às áreas livres, contendo 32 questões, além das 26 do WHOQOL–bref, desenvolvidas pela OMS para dimensionar a qualidade de vida. Obtivemos 326 participantes, e após aplicar os critérios de exclusão, realizamos as medidas em planilha eletrônica, computando uma amostra de 319 questionários preenchidos adequadamente, o que resultou num estudo com 95% de nível de confiança e 5,5% de margem de erro. Os dados secundários para desenvolvimento dos mapas de NDVI e de uso do solo, no ArcGIS 10.5, são de fontes públicas: as imagens dos satélites do “Google Imagens” e do Landsat 8 (INPE); as bases cartográficas do IBGE e da Prefeitura Municipal de Dourados; e a caracterização da infraestrutura das áreas livres dos resultados de Araújo (2019). Os principais resultados são: das 28 áreas livres identificou-se apenas duas áreas verdes urbanas públicas (AVUP), o Parque Antenor Martins e o Parque Ambiental Rego D’água; e a proximidade associada à frequência de uso das áreas livres, pela população, resulta em melhor condição percebida de saúde, principalmente de adultos. Na inter-relação entre a frequência de uso, a distância e as condições percebidas de bem-estar, os participantes que frequentam áreas livres demostraram percentuais de satisfação significativamente mais elevados dos que não frequentam. Com os resultados obtidos, pode-se identificar uma diferença significativa entre as faixas etárias de adultos e adolescentes, onde a faixa etária de adultos mostrou-se mais frequente nessas áreas e com valores mais positivos de saúde e bem-estar. Demonstrando assim que morar mais próximo e/ou frequentar habitualmente praças, parques urbanos e AVUP resulta em melhor nível de percepção de bem-estar e saúde, em especial para faixa de adultos. |