Epidemiologia molecular de Acinetobacter baumannii resistentes a carbapenêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maciel, Wirlaine Glauce lattes
Orientador(a): Simionatto, Simone lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1395
Resumo: Introdução: Acinetobacter baumannii são responsáveis por infecções hospitalares e altas taxas de morbidade e mortalidade de pacientes hospitalizados. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e molecular de cepas de A. baumannii resistentes a carbapenêmicos isoladas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal e Adulto de um hospital público de Dourados/Mato Grosso do Sul (MS), visando identificar os fatores de risco relacionados à infecção e colonização ocasionadas por este microrganismo. Métodos: A identificação bacteriana foi realizada pelo sistema automatizado Vitek ® 2 e confirmada por Matrix Assisted Laser Desorption Ionization Time of Flight Mass Spectrometry (MALDI-TOF MS) e o perfil de sensibilidade aos antibióticos foi avaliado através do Vitek ® 2. A presença de genes codificadores de β-lactamases foi avaliada pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). O perfil clonal e a ancestralidade das cepas foram determinados por Eletroforese em Campo Elétrico Pulsado (PFGE) e Multilocus Sequence Typing (MLST), respectivamente. Estudos de caso-controle foram realizados a fim de identificar os fatores de risco envolvidos na aquisição de A. baumannii resistentes a carbapenêmicos nas UTIs Neonatal e Adulto. Resultados: Durante o período de setembro de 2013 a setembro de 2015 foram isoladas 59 cepas de A. baumannii resistentes a carbapenêmicos, sendo 18 isoladas de recém-nascidos e 41 isoladas de pacientes adultos. As cepas apresentaram sensibilidade apenas aos antibióticos amicacina, ampicilina-sulbactam, colistina, gentamicina e tigeciclina. Todos os isolados apresentaram a sequência de inserção ISAba1 à montante do gene blaOXA-23 e o gene blaOXA-51. As cepas de A. baumannii foram clonalmente relacionadas e pertenciam ao genótipo ST1, na sua maioria. Além disso, observou-se um surto ocasionado por A. baumannii resistentes a carbapenêmicos em recém-nascidos. Síndromes respiratórias, prematuridade, exposição prévia a antibióticos, uso de betalactâmicos, uso de cefalosporinas e acesso periférico foram considerados fatores associados à colonização por A. baumannii em recém-nascidos. Na UTI adulto, foi observado que 34,.6% (n=9) dos pacientes evoluíram ao óbito decorrente de sepse por A. baumannii pertencentes ao genótipo ST79. Uso de tubo nasogástrico, hemodiálise e uso de cefalosporinas foram considerados fatores de risco para infecção e colonização ocasionadas por A. baumannii resistentes a carbapenêmicos em pacientes adultos. Conclusão: Os resultados obtidos indicam a disseminação de cepas de A. baumannii resistentes a carbapenêmicos em UTIs Neonatal e Adulto de um hospital público de Dourados/MS, destacando a necessidade do desenvolvimento de estratégias eficazes para o controle e prevenção de infecções hospitalares.