Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Milena Perez de
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Orientador(a): |
Barufatti, Alexeia
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Banca de defesa: |
Espindola, Evaldo Luiz Gaeta
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Kummrow, Fábio
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Biodiversidade e Meio Ambiente
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5361
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Resumo: |
A bacia do Rio Dourados possui grande importância para o município de Dourados devido ao uso da água para abastecimento público, irrigação, dessedentação de animais e indústrias. Porém, assim como muitas bacias hidrográficas no mundo, apresenta comprometimento na qualidade da água. Esse comprometimento é devido principalmente ao aumento do uso do solo e outras atividades antrópicas, advinda da expansão de áreas agrícolas ao redor de corpos hídricos e descarte de resíduos industriais e urbanos, resultando na liberação de poluentes. Visando a preservação destes mananciais hídricos, torna-se fundamental o monitoramento da qualidade da água. As florestas ripárias (mata ciliares) constituem áreas associadas aos corpos hídricos que apresentam relevância para preservação da qualidade da água, pois atuam como filtros, e promovem a retenção de contaminantes que seriam transportados para os cursos d'água. Porém, o aumento progressivo do uso do solo promove a degradação dessas florestas. Com o intuito de promover a conservação das florestas ripárias, o Novo Código Florestal Brasileiro, determinado pela Lei n° 12.651/2012 recomenda uma dimensão de floresta ripária que permita manter funções fundamentais do ecossistema. No entanto, torna-se relevante avaliar se tal recomendação é suficiente para garantir a qualidade da água em bacias hidrográficas. O presente estudo teve como objetivo analisar a influência da dimensão da floresta ripária na existência de contaminantes e a indução da toxicidade da água proveniente de nascentes e corpos hídricos da Bacia do Rio Dourados em bioensaios in situ e ex situ com Astyanax lacustris. Os resultados revelaram predominância de áreas agrícolas ao redor dos pontos amostrais, que resulta na degradação das florestas ripárias de forma desordenada, e consequentemente, impactos na qualidade da água. A agricultura é responsável pela contaminação química de corpos hídricos resultando em efeitos tóxicos para os peixes. A proporção de floresta ripária avaliada no corpo hídrico e em áreas de nascentes não foram suficientes para mitigar a toxicidade em A. lacustris, além disso, acredita-se que para uma melhor eficiência de zonas ribeirinhas na conservação da qualidade da água deve-se considerar além da estrutura vegetal fatores específicos do local. Desta forma, o tipo de vegetação a ser utilizada e a largura seria diferente em cada local, sendo necessários estudos mais aprofundados considerando as diferentes características do local, para uma melhor interpretação dos efeitos das florestas ripária e a determinação da largura adequada. |