Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Adrielly Soares
|
Orientador(a): |
Ziliani, Rosemeire de Lourdes Monteiro
|
Banca de defesa: |
Tedeschi, Sirley Lizott
,
Furtado, Alessandra Cristina
,
Sarat, Magda Carmelita
,
Osório, Antônio Carlos do Nascimento
|
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5481
|
Resumo: |
O tema da pesquisa desenvolvida foi a (in)disciplina escolar. O objetivo foi o de analisar os registros de ocorrências e quais/como determinados modos de ser e agir de alunos de turmas do Ensino Fundamental II (EF II), de duas escolas públicas do município de Dourados-MS, foram considerados (in)disciplinados e objeto de registros. Como referencial teórico a pesquisa dialogou com Michel Foucault e outros autores dessa perspectiva teórica que problematizam as práticas e o cotidiano escolar. Trata-se de pesquisa qualitativa, documental, que tomou 110 registros de ocorrências do EF II como fonte principal e como recorte temporal foi utilizado o período de 2011-2019. Apesar do que apontam os documentos oficiais analisados, preconizando o diálogo na escola, os registros evidenciam a preponderância dos posicionamentos de professores e gestores da escola, em detrimento dos alunos, que se limitam a assinar as ocorrências que enquadram seus comportamentos. Os resultados da pesquisa apontam para uma reflexão sobre o uso dos LOs em quase cem anos de história, levando-nos a problematizar sua utilização e utilidade para enfrentar os “problemas” escolares. Com apoio da perspectiva foucaultiana, os registros foram analisados pelo procedimento externo do discurso, o que permitiu observar que as escolas, locus da pesquisa, interpretam de modo semelhante dois dos enunciados pedagógicos em circulação: “Lugar de criança, é na escola” (o “indisciplinado” é transferido, mas quase nunca expulso) e o outro “A criança como centro do processo educativo” (como nem todos se comportam de forma “desejável”, é preciso normalizá-los). Embora os LOs das escolas apresentem diferenças, percebemos que o valor para ambas é o mesmo: um instrumento disciplinar que captura, subjetiva-objetiva e normaliza em especial os alunos que não se se adequam às normas. Concluímos que, apesar de as escolas utilizarem este artefato inquisitorial e punitivo como instrumento de disciplinamento e controle dos corpos, inserido em forças que não cessam de se atualizar, os modos de ser e agir de alunos que não se ajustam às normas/regras estabelecidas, enquanto resistências por eles empreendidas, igualmente repetem e/ou inventam formas de enfrentar essas e outras tecnologias de poder que se efetivam nos espaços-tempos escolares. |