O livro de ocorrência escolar como instrumento do poder disciplinador na escola a partir de uma abordagem foucaultiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Mario César Cajé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24136
Resumo: Esta Dissertação tem como objetivo apreender o sentido dado ao livro de ocorrência na escola enquanto instrumento disciplinador dos estudantes, sabendo-se que, muitas vezes, têm preva- lecido no cotidiano escolar relações baseadas na vigilância e na punição, as quais parecem contrárias à aprendizagem e ao desenvolvimento dos educandos. O trabalho será desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica, por meio de uma abordagem interpretativa e explicativa baseada em textos do período dito genealógico da obra de Michel Foucault. O problema da pesquisa consiste na análise do livro de ocorrência escolar como instrumento disciplinador dos estudantes. Partindo-se do pressuposto de que o livro de ocorrência no contexto educacio- nal atual ainda se constitui como um importante instrumento disciplinador, considera-se rele- vante a abordagem foucaultiana com o intuito de se ampliar e elucidar a discussão que envol- ve a temática do poder disciplinar, já que a abordagem foucaultiana contribui para a compre- ensão das várias formas de controle disciplinar presentes no âmbito institucional e, em parti- cular, nas escolas brasileiras, as quais estão inseridas em um meio social marcado por relações extremamente hierarquizadas, constituídas ao longo da história da sociedade brasileira. O olhar hierárquico que mantém a punição como meio de se estabelecer a disciplina e a ordem na escola parece reproduzir uma cultura que vai de encontro a uma proposta de formação de- mocrática e dialógica que somente se faz possível num ambiente de cooperação e amizade, no qual a confiança e o respeito tornam desnecessárias ações coercivas, punitivas e autoritárias.