Uso da semeadura direta sob diferentes níveis de sombreamento na facilitação da colonização inicial de áreas degradadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moreira, Lis Rogélin lattes
Orientador(a): Pereira, Zefa Valdivina lattes
Banca de defesa: Fernandes, Shaline Séfara Lopes, Mallmann, Viviane
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biodiversidade e Meio Ambiente
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5974
Resumo: A técnica de semeadura direta é considerada favorável à restauração ecológica de remanescentes florestais degradados. No entanto, é necessário o aprimoramento para cada grau de degradação, levando em consideração a dinâmica de recuperação florestal quanto à intensidade luminosa e a competição com gramíneas exóticas invasoras. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização da semeadura direta de espécies florestais em diferentes níveis de sombreamento, em áreas infestadas por gramíneas exóticas invasoras. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), formado pela interação entre três densidades de sementes (5, 10 e 15 uni), três profundidades de topsoil (0, 10 e 20 cm) e três níveis de sombreamento (0%, 50% e 70%). As sementes foram dispostas em linhas de semeadura (sulco linear) de 2m de comprimento, 50 cm de largura e 5-20 mm de profundidade (dependendo do tamanho das sementes), com espaçamento de 2m entre si, com três repetições para cada tratamento. Para avaliar a colonização da área foram feitas contagens dos indivíduos provenientes da semeadura direta aos 90, 120, 150, 180 e 270 dias, após a semeadura. Também foi avaliado o desenvolvimento inicial das espécies medindo diâmetro e altura de cada indivíduo. A análise estatística utilizada foi o Escalonamento Multidimensional Não Métrico (NMDS). Para testar a diferença entre os tratamentos para as variáveis respostas, utilizou-se a MANOVA. Ao todo foram semeadas 12.960 sementes numa densidade de 25,92 sementes/m2, destas, emergiram 10,91% (1.418 indivíduos) numa densidade de 2,83 sementes/m2. A variação na abundância de espécies emergentes pode ser explicada pelo sombreamento e pelo uso do topsoil. Do total de indivíduos emergidos houve uma mortalidade de 449 mudas (1,30%) durante o tempo de observação. O topsoil contribuiu para a emergência das sementes, porém é necessário haver mais estudos para definir melhor arranjos com sementes pequenas para que tenha mais sucesso com relação à emergência, pois algumas espécies são utéis para o processo incial da colonização pelo rápido crescimento e estabelecimento, como as espécies Guazuma ulmifolia Lam. e Schinus terebentifolius Raddi. O sombreamento favoreceu a emergência e o estabelecimento inicial das espécies estudadas, porém é necessário adequar a técnica buscando meios de minizar os custos para implementação.