Memória, história e narrativa na obra Senhorinha Barbosa Lopes, de Samuel Medeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Bruno Rafael Almeida da lattes
Orientador(a): Baller, Leandro lattes
Banca de defesa: Langaro, Jiani Fernando lattes, Marin, Jérri Roberto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5117
Resumo: O presente estudo analisa a narrativa literária identificada com o romance histórico Senhorinha Barbosa Lopes: uma história de resistência feminina na Guerra do Paraguai (2007), de Samuel Medeiros. A pesquisa explora o livro escrito no início do século XXI, que narra a jornada de uma mulher em condição de fronteira e de guerra, ao longo do século XIX e limiar do século XX, ao mesmo tempo em que conta sobre o processo de ocupação das terras ao sul da província de Mato Grosso, à época ainda indivisa. Sob o paradigma da História Cultural, o objetivo é compreender como a narrativa, que versa sobre as apropriações dos discursos memorialistas e historiográficos no presente, é utilizada nas maneiras de representar o passado da região. Com base na teoria da História e da Literatura, e tomando o romance histórico como fonte/objeto literário, busca-se refletir sobre os critérios, as técnicas e o conteúdo de extração histórica que embasam a construção de narrativas híbridas entre ficção e história, em que as relações presente-passado parecem dialogar em um mesmo grau de intensidade e de justificação na construção dos acontecimentos. Indica-se nos resultados da pesquisa que a escrita literária memorialística em Senhorinha Barbosa Lopes contribui para a manutenção de discursos sobre memórias coletivas oficiais produzidas no interior do Instituto Histórico Geográfico de Mato Grosso do Sul e da Academia Sul-mato-grossense de Letras, quando o escritor fundamenta-se nos acervos bibliográficos destas instituições para recompor personagens e cenários históricos na trama romanesca. Ademais, observa-se que a própria fonte/objeto literária, por ser um romance histórico, representa mudança no estilo e no gênero de escrita memorialística praticadas pelas instituições memorialísticas.