Revisão taxonômica de Pseudhomalopterus Pic, 1920 e Homalopterus Perty, 1832 (Coleoptera: Megalopodidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Morais, Daniela Machado da Rosa lattes
Orientador(a): Linzmeier, Adelita Maria lattes
Banca de defesa: Botero, Juan Pablo lattes, Torres, Viviana de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5181
Resumo: Megalopodidae (Coleoptera) possui 582 espécies alocadas em 30 gêneros e 11 subgêneros, pertencentes às subfamílias Megalopodinae, Palophaginae, Zeugophorinae e Atelederinae. Destas Megalopodinae é a mais diversa, sendo registrada para as regiões tropicais, principalmente no Brasil, onde são listadas 147 espécies pertencentes a 11 gêneros. Apesar do Brasil ser o país com a maior diversidade de megalopodídeos, pouco se conhece sobre a história natural das espécies e há também a necessidade de estudos taxonômicos que contribuam na melhor definição de gêneros e espécies já que muitas descrições são bastante simplificadas e pouco informativas. Pseudhomalopterus Pic, 1920 é um gênero brasileiro, monotípico e foi apontado pelo próprio autor como próximo de Homalopterus Perty, 1832. Homalopterus também é um gênero brasileiro que possui duas espécies: H. tristis Perty, 1832 e H. heteroproctus Lacordaire, 1945. Desde sua descrição Pseudhomalopterus não foi estudado detalhadamente e há dúvidas sobre a proximidade entre tais gêneros. Portanto, este estudo teve como principal objetivo realizar uma revisão taxonômica de Pseudhomalopterus e Homalopterus buscando caracterizá-los, estabelecendo de forma mais clara seus limites. Para isso a morfologia externa foi estudada minunciosamente a partir de material depositado em coleções nacionais e internacionais. Espécimens foram dissecados e a genitália foi aquecida em KOH para remoção de tecidos e melhor visualização das estruturas. Pseudhomalopterus e Homalopterus compartilham antenas serreadas, presença de carena na margem lateral dos élitros e protórax trapezoidal. Pseudhomalopterus é diferenciado principalmente por apresentar élitros pontuados com pilosidade curta, esparsa e ereta, tegumento brilhoso, metafêmures dilatados com presença de espinho na face ventral, antenas que se estendem até o calo umeral, pronoto com duas manchas pretas côncavas, fêmea com palpos vaginais convergentes, se cruzando apenas no ápice. Já Homalopterus apresenta élitros densamente pontuados, com pilosidade fina e densa com textura aveludada, metafêmures pouco dilatados, sem espinho na face ventral, antenas que ultrapassam o calo umeral, presença de uma faixa marginal amarelada no élitro, fêmea com palpos vaginais justapostos desde a base, se cruzando no ápice. Este estudo trouxe novas informações que contribuíram na diferenciação entre os gêneros, principalmente entre os gêneros Pseudhomalopterus e Homalopterus inclusive trazendo informações sobre a genitália feminina.