Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Capeletti, Rodrigo
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Orientador(a): |
Linzmeier, Adelita Maria
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Banca de defesa: |
Campos, Jaqueline Ferreira
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Rosa, Simone Policena
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5186
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Resumo: |
A tribo Alticini (Chrysomelidae: Galerucinae) é a mais rica dentre os crisomelídeos e seus adultos são facilmente reconhecidos por apresentar o fêmur do último par de pernas em geral bastante desenvolvido. Esses besouros fitófagos são intimamente relacionados às suas plantas hospedeiras, podendo ser monófagos ou oligófagos, sendo associados principalmente a Angiospermas. Entretanto, nas últimas duas décadas, um novo e peculiar grupo de alticínios vêm sendo descoberto associado a musgos, são cerca de 69 espécies de 23 gêneros conhecidos. Esses besouros são extremamente pequenos, estando entre os menores crisomelídeos, e por isso tanto adultos como larvas são de difícil visualização em campo. Além disso, não se sabe o grau de especialização desta fauna à tais briófitas, ou seja, se elas passam todo seu ciclo de vida nesse habitat, parte do seu ciclo ou se apenas os utilizam para alimentação e ainda, se estão relacionados a um conjunto específico de espécies de Bryophyta. Atualmente existe apenas a descrição de imaturos para quatro espécies deste conjunto específico de alticínios, e conhecer essa fauna tão pouco explorada é extremamente importante, tanto porque os dados morfológicos podem auxiliar no entendimento do grupo em si, na relação existente com Galerucinae e demais subfamílias de Chrysomelidae, como para compreender sua biologia, história evolutiva e sua importância nos processos ecológicos. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever as larvas de quatro espécies de Alticini associadas à musgos, recentemente descobertas: Menudos toronegro Linzmeier & Konstantinov, 2020, Andersonalica villabarrancoli Konstantinov & Linzmeier, 2020, Erinaceialtica gabbysalazarae Konstantinov & Linzmeier, 2020 e E. janestanleyae Konstantinov & Linzmeier, 2020. A descrição foi realizada através de fotografias de larvas associadas aos adultos a partir de análise molecular. Os três gêneros pertencem à subtribo Monoplatina e são muito similares quanto à disposição dos escleritos, principalmente dorsolaterais e ventrais, quetotaxia e por não possuírem pulvilo. Menudos se diferencia principalmente pela i) ausência de orifício glandular dorsolateral, ii) endocarena que se estende até o clípeo e iii) esclerito epipleural do protórax e mosetórax glabro. Andersonaltica pode ser diferenciado pela i) endocarena longa, se estendendo até próximo da sutura frontoclipeal; ii) presença de três pares de cerdas na fronte e, iii) presença de duas cerdas epipleurais no metatórax. Erinaceialtica se diferencia principalmente pela endocarena curta, que não ultrapassa a metade da fronte. Os gêneros que ocorrem em musgos se diferenciam das demais larvas de Alticini, principalmente por não possuírem tubérculos corporais proeminentes, e possuir corpo pequeno, robusto e arredondado possivelmente características que facilitam sua locomoção entre musgos. A partir deste estudo, eleva-se para oito o número de descrições de larvas de Alticini associados a briófitas. Além disso, é apresentada uma chave de identificação para larvas de Alticini que habitam musgos. Este estudo contribuiu para um maior entendimento e caracterização desse táxon tão pouco estudado. |